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FOCO
"Devoradora", Carla Bruni humilha Sarkozy, diz biógrafa
ANA CAROLINA DANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
Quem é realmente a primeira-dama da França?
"Uma coisa é certa, a Carla
Bruni que os franceses veem
hoje não é a verdadeira", afirma a jornalista Besma Lahouri, autora de uma biografia não autorizada sobre a esposa do presidente Nicolas
Sarkozy que acaba de chegar
às livrarias na França.
Em "Carla, une vie secrète" ("Carla, uma vida secreta", em tradução livre), a autora descreve a ex-manequim como uma mulher sedutora e ambiciosa, leal nas
amizades e infiel no amor.
"A imagem de uma primeira-dama tímida e obediente,
que acompanha ajuizadamente o marido nas viagens
oficiais, como a protocolar visita à Inglaterra, não passa
de uma construção dos assessores de comunicação de
Nicolas Sarkozy", afirmou
Besma Lahouri à Folha.
A partir de depoimentos
colhidos com ex-namorados,
amigos e pessoas próximas
da primeira-dama, a italiana,
que chegou à França em
1974, aos 7 anos, é descrita
como a versão feminina de
"Don Juan", uma "sedutora
em série", "devoradora de
homens", que se declarava
abertamente contra a monogamia e dizia não imaginar
passar mais de três anos com
um mesmo parceiro.
"Uma verdadeira tigresa",
nas palavras do ex-namorado Arno Klarsfeld.
O livro reconta o passado
da primeira-dama, a infância
dourada, mas solitária, a
adolescência displicente nas
boates de Paris, o início da
carreira de manequim, a tumultuada vida sentimental ,
a relação secreta de mais de
oito anos com o vocalista dos
Rolling Stones, Micky Jagger,
até o encontro com Sarkozy,
num jantar em 2007.
"Sair com um homem tão
poderoso quanto Sarkozy
não é fruto do acaso, mas sim
o resultado de um objetivo
construído durante mais de
30 anos", sustenta Lahouri.
A ex-manequim também é
descrita como prisioneira de
sua própria imagem, obcecada pela aparência.
A conclusão da autora é a
de que Bruni tem uma influência forte sobre o presidente Sarkozy, ao ponto de
impor ao presidente a "humilhante situação" de ter que
conviver com seus ex-
-namorados que frequentam, regularmente, a mansão da família no sul da França, à beira do Mediterrâneo.
Lahouri, que já publicou
livro similar sobre o craque
Zinedine Zidane, não conseguiu encontrar pessoalmente Bruni, nem nenhum de
seus familiares próximos,
mas afirma que entrevistou
cerca de 80 pessoas para reconstruir a personalidade da
cantora e ex-manequim.
Segundo ela, houve pressão da Presidência francesa
para impedir a publicação do
livro. Assessores de Sarkozy
teriam ligado para redações
de jornais, para a editora da
obra, Flammarion, e para
pessoas entrevistadas pela
autora para tentar obter informações e extratos do livro.
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