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ONU alerta para drogas no Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O boletim epidemiológico da
ONU de 2004 ressalta avanços e
preocupações com o Brasil. Por
um lado o país é saudado como
um dos mais avançados no tratamento e acesso a medicamentos
retrovirais para o tratamento de
soropositivos, via SUS. Por outro,
contabiliza 1,7 milhão de pessoas
infectadas, a epidemia está dispersa por todas as regiões e cresce
entre homens homossexuais e
usuários de drogas injetáveis.
"O papel das drogas na epidemia no Brasil não pode ser subestimado. Em algumas áreas, os
usuários de drogas injetáveis
constituem pelo menos metade
dos casos de Aids", diz o relatório.
A boa notícia são programas de
redução de danos implementados
por governos federal e estaduais.
A capital da Bahia, Salvador, é citada como exemplo. O percentual
de usuários de drogas injetáveis
no total de soropositivos caiu de
50%, em 1996, para 7%, em 2001.
O relatório ressalta ainda as altas taxas registradas entre mulheres no país. Embora a infecção entre grávidas tenha permanecido
estável nos últimos cinco anos, no
Rio Grande do Sul, por exemplo,
o índice vem aumentando, em alguns casos de 3% a 6%, quando
não há atendimento pré-natal.
Outros casos citados são profissionais do sexo de Santos e São
Paulo. Cerca de 7% dessas pessoas estão contaminadas com o
HIV. Os índices também são altos
nas duas cidades quando se trata
de moradores de favelas (18%) e
mulheres analfabetas.
O relatório diz que políticas de
acesso a medicamentos aumentaram a expectativa de vida dos soropositivos -de 18 meses, em
1995, para quase cinco anos de vida no ano seguinte.
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