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Exportações de petróleo crescem 62% na semana
DA REDAÇÃO
A produção e as exportações de
petróleo na Venezuela, praticamente paralisadas em dezembro
por causa da greve geral promovida pela oposição, vêm crescendo
nas últimas semanas, num sinal
de que o presidente Hugo Chávez
está conseguindo algumas vitórias em seus esforços para retomar o controle sobre a PDVSA
(estatal do petróleo).
As exportações cresceram 62%
na última semana, de 424 mil para
688 mil barris ao dia. A produção
atingiu ontem a marca de 855 mil
barris ao dia, contra 812 mil barris
anteontem. Ainda assim, a produção e as exportações estão em
25% dos níveis de novembro, antes do início da greve geral, no dia
2 de dezembro.
O governo, que classifica a paralisação na PDVSA de "sabotagem", já demitiu cerca de 3.000 de
seus 40 mil funcionários, dividiu a
companhia em duas e vem conseguindo retomar parte da produção substituindo os grevistas por
militares, petroleiros aposentados
e técnicos estrangeiros.
Anteontem, diante de centenas
de milhares de simpatizantes que
participaram de uma passeata em
Caracas, Chávez afirmou que vai
vencer os "sabotadores e conspiradores golpistas" sem negociar
com os grevistas.
Apesar disso, os funcionários da
PDVSA em greve -cerca de 30
mil- decidiram ontem em assembléia manter a paralisação na
companhia até que o governo
aceite convocar eleições antecipadas e reincorporar os funcionários demitidos.
Os grevistas admitem o aumento da produção, mas dizem que,
sem um acordo, ela não voltará
aos 3,1 milhões de barris ao dia de
antes da greve.
Eles também dizem que as pessoas convocadas por Chávez para
"furar" a greve seriam responsáveis por diversos casos de derramamento de óleo e de incêndios,
por não saberem como operar os
equipamentos.
A Venezuela é o quinto maior
produtor de petróleo do mundo.
O produto responde por cerca de
80% de suas exportações. O governo admite já ter perdido US$ 4
bilhões em receita.
A greve geral vem provocando
um agravamento da crise econômica no país, forçando o governo
a cortar gastos e a suspender o
mercado de câmbio para proteger
a moeda local, o bolívar.
O banco de investimentos Santander Central Hispano advertiu
que o Produto Interno Bruto venezuelano poderá cair cerca de
40% no primeiro trimestre deste
ano se a greve não for suspensa logo. O PIB do país já havia caído
cerca de 8% no ano passado.
Manifestação
A oposição convocou uma manifestação de 24 horas para hoje
em protesto contra a decisão da
Suprema Corte, na quarta-feira,
de suspender as preparações para
um referendo sobre o mandato de
Chávez, no dia 2 de fevereiro, exigido pela oposição e rechaçado
pelo governo.
Com agências internacionais
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