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TERROR
Segundo o governo, os detidos são ligados a grupos argelinos vinculados a Bin Laden e preparavam ataques químicos
Espanha prende 16 suspeitos de elo com Al Qaeda
MARTA RUIZ-CASTILLO
DA REUTERS, EM MADRI
A polícia espanhola prendeu
ontem 16 suspeitos de ligação
com a rede terrorista Al Qaeda, de
Osama bin Laden. Segundo as autoridades, eles se preparavam para lançar ataques químicos. A informação foi dada pelo primeiro-ministro José María Aznar.
Numa operação realizada de
madrugada, a polícia revistou 12
casas na região de Barcelona e
também encontrou explosivos,
componentes de bombas e equipamentos de transmissão por rádio usados para comunicação com extremistas islâmicos na Argélia e na Tchetchênia.
"Ela [a polícia] desbaratou uma
importante rede terrorista ligada
ao grupo argelino Salafista, uma
divisão do Grupo Islâmico Armado (GIA), que tem vínculos claros
com a organização criminosa de
Bin Laden", disse Aznar. "A rede
tinha ligações com terroristas presos recentemente na França e no
Reino Unido, e eles estavam preparando ataques com explosivos
e materiais químicos." Aznar não
disse qual seria o alvo dos ataques.
O ministro do Interior, Angel
Acebes, disse que a maioria dos
presos é argelina. As buscas revelaram recipientes contendo resinas suspeitas, combustíveis e outros produtos químicos que estão
sendo analisados, disse Acebes,
além de componentes eletrônicos, detonadores e controles remotos que seriam usados na fabricação de bombas.
Fontes judiciárias disseram que
os suspeitos podem ter ligações
com um especialista em explosivos da Al Qaeda que foi preso em
Paris, no ano passado.
A operação foi feita por cerca de
180 policiais a pedido das autoridades francesas. O ministro do
Interior disse que, desde os ataques de 11 de setembro de 2001, a
Espanha já prendeu 35 suspeitos
de ligação com a Al Qaeda. Entre
eles figuram oito acusados de envolvimento nos atentados.
A última prisão dessa natureza
na Espanha tinha sido em dezembro, quando um argelino foi detido no norte do país por suspeita de ligações com o GIA e de ter feito treinamento nos campos de
Bin Laden no Afeganistão.
A operação de ontem, autorizada por um juiz da Suprema Corte,
levou um ano para ser preparada,
segundo as autoridades.
Anteontem, no norte da Itália,
cinco marroquinos foram presos
por suspeita de atividades terroristas, depois de a polícia ter descoberto explosivos e mapas com o
caminho para um prédio da Otan.
As investigações continuam.
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