São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

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Plano soterrará país em dívidas, diz oposição

DE NOVA YORK

Em resposta ao discurso de Barack Obama, o governador da Louisiana, Bobby Jindal, afirmou que os republicanos estão, sim, prontos para trabalhar ao lado do presidente contra a crise. Mas não com as propostas atuais do democrata.
Jindal obteve papel destacado na imprensa ao criticar nos últimos dias pacote de estímulo econômico e prometer rejeitar tanto quanto possível da verba federal para os Estados.
Ontem, em discurso intitulado "Americanos podem fazer qualquer coisa", ele insistiu que o pacote para reavivar a economia americana irá "soterrar gerações futuras em dívidas" e não ajuda a economia a crescer.
Jindal afirmou ainda que seu partido permitiu nos últimos anos que o governo crescesse demais e, por isso, perdeu a confiança do eleitorado. Agora, diz, estão prontos para recuperar essa confiança.
A escolha de Jindal, 37, pelos republicanos para oferecer a réplica reflete de seu posto de estrela em ascensão na política nacional. Carismático, jovem e filho de estrangeiros, especula-se que ele esteja sendo testado para concorrer à Presidência.
Jindal, cujo primeiro nome é Piyush, nasceu em 10 de junho de 1971 em Baton Rouge, Louisiana, filho de imigrantes indianos do Punjab. Aos 24, foi nomeado secretário da Saúde do Estado. Depois de outros cargos de alto nível, foi derrotado para o governo em 2003, mas venceu eleição para a Câmara dos Representantes em 2004 e foi reeleito em 2006.
Em 2007, tentou de novo o governo da Louisiana e saiu vitorioso. Sua aprovação hoje paira em torno de 60%, após 14 meses de poder.
Socialmente mais conservador, recebeu elogios por ter endurecido regras de ética e principalmente pela forma como lidou com a devastação do furacão Gustav, que matou ao menos sete pessoas em Nova Orleans em setembro último.
Agora, porém, o governador tem recebido críticas de Obama pelo discurso partidário. "Temos que oferecer soluções conservadoras para a crise", afirmou ele no fim de semana. "Isso atrai eleitores."


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