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Premiê visita a Casa Branca, e Japão bancará policiais afegãos
DA REDAÇÃO
O Japão se comprometeu ontem em arcar com os salários de
80 mil policiais do Afeganistão
durante seis meses. O anúncio
foi feito no mesmo dia em que o
premiê nipônico, Taro Aso, foi
recebido em Washington por
Barack Obama, na primeira visita de um chefe de governo à
Casa Branca sob nova direção.
"Obviamente, a amizade entre Japão e EUA é extraordinariamente importante para nosso país. É por esta razão que o
premiê [Aso] é o primeiro dignitário estrangeiro a me visitar
aqui no Salão Oval", afirmou
Obama. "O Japão é um grande
parceiro, em questões que
abrangem de mudança climática ao Afeganistão."
Segundo um porta-voz de
Aso, o Japão pode anunciar
também o nome de um enviado
especial para coordenar com os
americanos os esforços de reconstrução do país da Ásia Central, apontado por Obama como principal foco de seu governo no combate ao terror.
Apesar de não ter tropas no
Afeganistão -a Constituição
japonesa, promulgada por influência americana em 1947,
impede o país de ter Forças Armadas-, o Japão já gastou US$
1,46 bilhão no país desde a invasão liderada pelos EUA em
2001. Os japoneses promovem
ações como recuperação de estradas, construção de escolas,
desativação de minas terrestres
e treinamento de policiais.
No encontro com Aso -que
enfrenta baixa popularidade,
com 4 em cada 5 eleitores japoneses defendendo sua saída do
cargo nos próximos meses-,
Obama debateu também soluções para a crise econômica
global, mudança climática e a
Coreia do Norte.
"Como as duas maiores economias do mundo, teremos de
trabalhar lado a lado. Creio que
nossas nações são as únicas capazes de oferecer o necessário
para solucionar esta questão
crítica", disse Aso sobre a crise.
"O encontro é menos [relevante] por seus protagonistas
do que pela relação entre os
países", avaliou Ralph Cossa,
do Center for Strategic and International Studies. Ele lembrou que houve protestos de
Tóquio após a remoção da Coreia do Norte da lista de países
patrocinadores do terrorismo
no fim do governo Bush.
Com Reuters e "Financial Times"
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