São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Premiê visita a Casa Branca, e Japão bancará policiais afegãos

DA REDAÇÃO

O Japão se comprometeu ontem em arcar com os salários de 80 mil policiais do Afeganistão durante seis meses. O anúncio foi feito no mesmo dia em que o premiê nipônico, Taro Aso, foi recebido em Washington por Barack Obama, na primeira visita de um chefe de governo à Casa Branca sob nova direção.
"Obviamente, a amizade entre Japão e EUA é extraordinariamente importante para nosso país. É por esta razão que o premiê [Aso] é o primeiro dignitário estrangeiro a me visitar aqui no Salão Oval", afirmou Obama. "O Japão é um grande parceiro, em questões que abrangem de mudança climática ao Afeganistão."
Segundo um porta-voz de Aso, o Japão pode anunciar também o nome de um enviado especial para coordenar com os americanos os esforços de reconstrução do país da Ásia Central, apontado por Obama como principal foco de seu governo no combate ao terror.
Apesar de não ter tropas no Afeganistão -a Constituição japonesa, promulgada por influência americana em 1947, impede o país de ter Forças Armadas-, o Japão já gastou US$ 1,46 bilhão no país desde a invasão liderada pelos EUA em 2001. Os japoneses promovem ações como recuperação de estradas, construção de escolas, desativação de minas terrestres e treinamento de policiais.
No encontro com Aso -que enfrenta baixa popularidade, com 4 em cada 5 eleitores japoneses defendendo sua saída do cargo nos próximos meses-, Obama debateu também soluções para a crise econômica global, mudança climática e a Coreia do Norte.
"Como as duas maiores economias do mundo, teremos de trabalhar lado a lado. Creio que nossas nações são as únicas capazes de oferecer o necessário para solucionar esta questão crítica", disse Aso sobre a crise.
"O encontro é menos [relevante] por seus protagonistas do que pela relação entre os países", avaliou Ralph Cossa, do Center for Strategic and International Studies. Ele lembrou que houve protestos de Tóquio após a remoção da Coreia do Norte da lista de países patrocinadores do terrorismo no fim do governo Bush.


Com Reuters e "Financial Times"


Texto Anterior: Artigo: Obama agora é "psiquiatra-em-chefe"
Próximo Texto: Murdoch se desculpa por publicar charge de macaco
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.