DA REUTERS

A coalizão de centro-direita do premiê tcheco, Mirek Topolanek, recebeu ontem um voto de desconfiança do Parlamento e será forçada a renunciar, no momento em que a República Tcheca ocupa a Presidência rotativa da União Europeia e a dias da visita de Barack Obama e líderes europeus a Praga.
Opositores acusam o premiê, no poder desde 2007, de debilidade ante a crise econômica -que já derrubou líderes na Hungria e na Letônia.
Social-democratas, comunistas e dissidentes governistas reuniram o mínimo de 101 votos (de um total de 200) na Câmara tcheca para derrubar Topolanek, conhecido por seu antieuropeísmo. A oposição concorda em que ele fique no poder até junho, fim do mandato tcheco na presidência da UE. Cabe ao presidente Vaclav Klaus apontar um substituto; a segunda opção é antecipar as eleições de 2010.
É o primeiro governo derrubado no país desde a divisão da antiga Tchecoslováquia, em 1993. O próximo gabinete terá de decidir sobre dois temas urgentes: a ratificação do Tratado de Lisboa (reforma constitucional da UE) e a instalação de um radar americano em seu solo.


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