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GUERRA NA EUROPA
Vítimas seriam familiares de soldados sérvios que estavam em alojamento militar; ataque atinge sete cidades
Iugoslávia diz que ataque matou civis
das agências internacionais
O Exército iugoslavo afirmou
que um número
indeterminado
de mulheres e
crianças morreu
em consequência do ataque da
Otan a alojamentos militares.
Segundo um comunicado, as vítimas pertencem a famílias de soldados sérvios que fugiram de repúblicas que integravam a Iugoslávia e se tornaram independentes
com o colapso da federação, no
início da década de 90. O local onde as mortes teriam ocorrido não
foi precisado.
Os militares iugoslavos também
afirmaram ter derrubado um avião
da Otan que voava sobre o norte de
Kosovo. A informação chegou a
ser confirmada por um porta-voz
da Otan na Itália, mas foi negada
depois pelo Pentágono (comando
militar dos EUA).
O Pentágono, por sua vez, afirmou que três aviões da Força Aérea iugoslava foram abatidos.
Segundo comunicado da agência
de notícias oficial sérvia, foram
atingidos pelo menos 20 alvos em
sete cidades da Iugoslávia.
Os mísseis foram disparados, na
primeira fase do ataque, a partir de
embarcações dos EUA e do Reino
Unido, estacionadas no mar
Adriático e no mar Mediterrâneo,
e de aviões B-52 e B-2.
Depois, cerca de 80 aviões procedentes da base de Aviano, norte da
Itália, prosseguiram com os ataques. Até o fechamento desta edição, os bombardeios prosseguiam.
Entre os locais atingidos estão
uma fábrica de aviões, uma base
militar e um aeroporto nos arredores de Belgrado.
O principal aeroporto de Pristina, capital de Kosovo, e instalações
militares em Montenegro também
foram atingidos.
O secretário de Defesa dos EUA,
William Cohen, afirmou que o alvo principal da ação militar da
Otan são os sistemas de defesa aérea iugoslavos e aparato militar
que possa ser usado contra a população de Kosovo.
O presidente dos EUA, Bill Clinton, afirmou que o ataque visa evitar que a situação se agrave ainda
mais em Kosovo.
"Só a firmeza pode evitar agora
uma catástrofe maior no futuro",
disse o presidente durante discurso na Casa Branca.
O presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, afirmou que "a única decisão certa era recusar tropas
estrangeiras em nosso território".
O governo iugoslavo decretou estado de guerra no país, embora
não estejam claras que consequências a medida terá.
Os ataques foram ordenados
porque Milosevic se recusou a
aceitar um plano de paz que previa
a entrada em Kosovo de cerca de
30 mil observadores militares, que
monitorariam o cumprimento de
um plano de autonomia.
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