São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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ETIÓPIA

Grupo islâmico mata 74 em campo de petrolífera chinesa

DA ASSOCIATED PRESS

Um grupo de 200 rebeldes invadiu ontem um campo petrolífero de uma empresa chinesa no leste da Etiópia, matou 74 pessoas, entre elas nove chineses, destruiu instalações e seqüestrou sete engenheiros e operários.
Os rebeldes pertencem à Frente Nacional de Libertação do Ogaden, que havia anunciado a disposição de sabotar investimentos externos na região. Com o ataque de ontem, o confronto, restrito a combates com tropas regulares, passa a um novo e mais violento patamar.
Surgida no início dos anos 90, a FNLO reivindica a independência de um amplo território com 4 milhões de habitantes, de predominância muçulmana.
O grupo atua em conjunto com as milícias islâmicas da vizinha Somália. Em comunicado enviado à Associated Press, os rebeldes "exortam as empresas internacionais a não fecharem contratos de risco com a Etiópia".
A Etiópia ainda não produz petróleo. Mas empresas como a chinesa Zhongyuan e a Petronas, da Malásia, têm prospectado jazidas.
Stephen Morrison, diretor do programa africano do Centro Internacional de Estudos Estratégicos, baseado em Washington, disse que os rebeldes "são um veículo conveniente para os que desejam desestabilizar a Etiópia". Aquele país, com auxílio logístico dos Estados Unidos, desalojou as milícias islâmicas do poder na Somália, forçando-as a se refugiar em países fronteiriços ou a partir para a guerra de guerrilha.


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