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Cientista contesta data da Última Ceia de Cristo
DE SÃO PAULO
A Última Ceia, derradeira
refeição que Jesus Cristo partilhou com os seus 12 apóstolos, teria acontecido numa
quarta-feira, e não numa
quinta, como é amplamente
admitido pelos católicos.
A releitura dos feitos bíblicos é defendida por um professor da Universidade de
Cambridge em livro recém
colocado à venda no Reino
Unido e cujo título é "The
Mistery of the Last Supper"
(O Mistério da Última Ceia).
"A Última Ceia aconteceu
na quarta-feira, 1.º de abril de
33 d.C., e a crucifixão na sexta-feira, 3 de abril de 33 d.C.",
diz Colin Humphreys, professor de ciência dos materiais.
O pesquisador acredita
que provavelmente Jesus estava na prisão, na quinta-feira, e sua "última ceia", de fato, foi a comida servida pelos
carcereiros.
Humphreys argumenta
que sua pesquisa não só estabelece definitivamente as datas, como soluciona um aparente conflito nos relatos do
evangelho.
Para chegar à sua conclusão, ele analisou um calendário antigo, que o povo hebreu usava desde 3.000 a.C.,
e havia sido em grande parte
abandonado na época em
que Jesus viveu.
Humphreys também convidou um astrofísico, Graeme
Waddington, da Universidade de Oxford, para ajudá-lo a
calcular como seria o calendário à época da morte de Jesus Cristo.
O que o astrólogo descobriu foi que a Páscoa judaica,
quando Cristo recebeu seus
apóstolos, teria começado na
noite da quarta-feira do ano
33, de acordo com o calendário que teria sido utilizado.
O livro provavelmente desencadeará um tumulto entre os estudiosos bíblicos.
Humphreys disse que recebeu críticas muito favoráveis de estudiosos da Bíblia,
mesmo que eles discordem
da maior parte das teses. "Como cientista e cristão, espero
que os meus esforços contribuam para o diálogo entre
ciência e religião", afirmou.
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