São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2011

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Manifestantes rejeitam acordo e fazem novos protestos no Iêmen

Ditador Saleh prometeu anteontem deixar o poder em um mês

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Manifestantes antirregime no Iêmen expressaram ceticismo sobre o anúncio do governo do ditador Ali Abdullah Saleh de que aceita plano que prevê a sua saída em 30 dias e promoveram ontem novos protestos pelo país.
Anteontem, o governo disse ter concordado com a proposta de um acordo elaborado pelo CCG (Conselho de Cooperação do Golfo) -que reúne seis países da região- prevendo a saída de Saleh.
O ditador, há 32 anos no cargo, daria lugar a seu vice em 30 dias a contar a partir do momento da formalização do acordo -o que ainda não tem previsão para ocorrer.
A principal coalizão de grupos de oposição louvou o anúncio do governo, mas os manifestantes e ativistas que assumiram a linha de frente dos protestos iniciados ainda em fevereiro dizem duvidar das intenções de Saleh.
"Há muito ressentimento entre os jovens pelo fato de a oposição ter aderido a essa iniciativa", disse Abdulhafez Muajeb, líder de protestos em Hudaida, à Reuters.
"Vamos manter os protestos até que [Saleh] renuncie imediatamente", afirmou.
Na capital, Sanaa, manifestantes gritavam "Sem negociação: renuncie ou fuja".
Em entrevista à TV britânica BBC, o ditador iemenita disse que só aceita transferir o cargo para um líder eleito e que não deixará o poder para um grupo de "insurgentes".
O plano do CCG prevê que uma eleição presidencial seja realizada em até dois meses após a saída de Saleh.
O líder afirmou ainda que grupos ligados à Al Qaeda aproveitam a crise política para ganhar terreno no país, em uma tentativa de atrair apoio dos EUA e aliados.
Também ontem, nove pessoas -seis militares- morreram em confronto de forças do governo com insurgentes armados de uma tribo no sul do Iêmen, afirmaram fontes de segurança do regime.


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