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Londres admite "embaraço" sobre dossiê iraquiano; Putin visita país
DA REDAÇÃO
O chanceler britânico, Jack
Straw, admitiu ontem ter sido
"embaraçoso" para seu governo o
fato de um dos documentos apresentados para justificar a intervenção militar no Iraque ter sido
copiado de um site da internet.
O texto, redigido há 12 anos por
um pesquisador universitário, dizia categoricamente que Saddam
Hussein dispunha de armas de
destruição em massa, principal
justificativa da invasão do Iraque.
Straw compareceu ontem à Comissão de Relações Exteriores do
Parlamento que investiga as justificativas do governo Blair de ir à
guerra e defendeu um outro documento que atribuía arsenais
proibidos a Saddam.
Straw disse que não houve manipulação de informações, embora o assunto possa ter tido reflexo
na popularidade do governo.
Pesquisa no diário "The Guardian" ontem mostrou redução do
apoio ao Partido Trabalhista, do
premiê Tony Blair, aos mais baixos índices desde 1993. O partido
teria hoje 38% dos votos, contra
41% há um mês. Os conservadores cresceram de 29% para 34%.
A pesquisa indica que a decisão
de participar da guerra ainda tem
o apoio de 48% dos britânicos.
Putin
O presidente russo, Vladimir
Putin, iniciou ontem uma visita
de quatro dias ao Reino Unido, a
primeira visita de Estado de um
dirigente russo desde 1874. Um
dos maiores opositores da guerra
no Iraque, Putin busca fortalecer
os laços entre os dois países.
Ele foi recebido ontem em pomposo jantar oferecido pela rainha
no Palácio de Buckingham, onde
o russo ficará hospedado.
Tanto a rainha quanto Putin,
discursando em inglês, disseram
que o momento é de fortalecimento dos laços bilaterais.
Com agências internacionais
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