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11 DE SETEMBRO
Relatório do Congresso sobre atentados critica comunicação ruim entre a CIA e o FBI
Informante do FBI conhecia 2 sequestradores
DA REDAÇÃO
A incapacidade do FBI (polícia
federal dos EUA) em explorar informações de um colaborador
que conhecia 2 dos 19 acusados de
serem sequestradores de aviões
nos atentados de 11 de setembro
de 2001 frustrou a melhor chance
de descobrir o plano, segundo relatório do Congresso sobre o caso.
O documento final da investigação conjunta feita pelos comitês
de inteligência da Câmara e do Senado afirma que ao menos dois
dos acusados de serem os sequestradores -Khalid Almihdhar e
Nawaf Alhazmi- tiveram vários
contatos com um antigo informante do FBI na Califórnia.
Embora a CIA (serviço secreto
americano) tivesse a informação
de que os dois eram ligados à rede
terrorista Al Qaeda e ao seu líder,
Osama bin Laden, responsáveis
pelos ataques que mataram cerca
de 3.000 pessoas, a agência não
agiu rapidamente e não incluiu
seus nomes entre os que deveriam
ser impedidos de entrar nos EUA.
Além disso, a informação que a
CIA tinha de que os dois homens
poderiam já estar nos EUA não foi
passada ao FBI. Por causa disso, a
polícia federal não teve a chance
de usar o informante na Califórnia para coletar dados sobre eles.
"O que está claro (...) é que os
contatos do informante com os
sequestradores, se tivessem sido
explorados, teriam dado ao escritório do FBI em San Diego [Califórnia] talvez a melhor chance das
agências de inteligência para descobrir o plano", diz o relatório.
O agente do FBI que era responsável pelo informante disse ao
Congresso que, se soubesse que
Almihdhar e Alhazmi tinham ligações com redes terroristas, "isso seria uma grande diferença".
O relatório também detalhou
como o alto escalão do FBI ignorou um memorando de julho de
2001 no qual um agente de Phoenix (Arizona) relatava preocupação com um esforço de Bin Laden
para que militantes fizessem aulas
de pilotagem de avião nos EUA.
Segundo uma versão censurada
do memorando, incluída no relatório do Congresso, o agente avisou que um "exagerado número
de indivíduos suspeitos" faziam
aulas de pilotagem no Arizona.
Após os atentados, o FBI descobriu que um dos citados no memorando era um instrutor de vôo
que estava ligado a Hani Hanjour,
acusado de ser um dos sequestradores. Outro foi preso num esconderijo da Al Qaeda em 2002.
O diretor do FBI, Robert Mueller, disse que sua agência tem trabalhado para melhorar a troca de
informações com outros órgãos.
Com agências internacionais
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