DA REDAÇÃO

Um dia após a conclusão sem mortes da saída israelense de 21 assentamentos em Gaza e quatro na Cisjordânia, a violência de lado a lado eclodiu ontem, com três palestinos e um judeu mortos.
No campo de refugiados de Tulkarem (Cisjordânia), ao menos três palestinos foram mortos quando forças israelenses cercaram uma casa e trocaram tiros com supostos militantes. O Exército de Israel divulgou que se tratava de líderes do grupo terrorista Jihad Islâmico.
Em Jerusalém, um palestino esfaqueou dois judeus ortodoxos, matando um deles, e fugiu. Segundo a mídia israelense, o morto era um seminarista britânico.
Outro contraponto ao sucesso da retirada de Gaza foi a aprovação, pelo Ministério da Justiça israelense, do uso de terras palestinas para a conclusão da barreira de separação, o que significará a anexação a Jerusalém da principal colônia judaica na Cisjordânia.
Houve protesto da Autoridade Nacional Palestina, que crê que a barreira impedirá a soberania sobre a parte de Jerusalém reivindicada para um futuro Estado palestino. Isso foi interpretado ainda como nova evidência de que o premiê Sharon não pretende estender a retirada aos principais assentamentos na Cisjordânia.