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ESTRANHOS NO PARAÍSO
Relatório mostra mudança no perfil de imigrantes na França
DO "MONDE"
O retrato dos imigrantes
feito pelo Instituto Nacional
de Estatística e Estudos Econômicos (Insee) da França
com base em dados de 2004
e 2005, divulgado ontem, indica profundas mudanças.
Em 15 anos, o número de
imigrantes avançou quase
20%. Hoje, há quatro vezes
mais diplomados do que em
1982, 24%. E é cada vez mais
freqüente que cheguem com
suas mulheres e venham da
África ou da Ásia, em vez do
sul da Europa.
Em 2004, a região metropolitana francesa abrigava
quase cinco milhões de imigrantes, pouco mais de 8% da
população. Cerca de 40% tinham nacionalidade francesa, por naturalização ou casamento. Argelinos, marroquinos e portugueses continuam as maiores comunidades, mas África, Ásia e Europa Oriental são origens cada
vez mais freqüentes.
Em cinco anos, o número
de imigrantes vindos de países do sul da África saltou
45%. Ásia e Europa Oriental,
igualmente, são parte do movimento. De 1999 a 2004, o
número de imigrantes da
Europa Oriental cresceu em
cerca de 40%. Já os imigrantes da Espanha e Itália passaram por redução sensível no
período, pois o número de
óbitos nessas comunidades
excedeu o de novos imigrantes. O mesmo se aplica aos
oriundos da Polônia.
Nas correntes migratórias,
as mulheres são mais numerosas do que os homens. Desde 1974, uma imigração majoritariamente feminina,
vinculada à reunião de famílias, sucedeu à imigração de
trabalho, que era essencialmente masculina. Mas isso
ainda não se aplica a todas as
comunidades. Entre os que
vêm do norte da África, da
Turquia e de Portugal, há
menos mulheres que homens. Por outro lado, entre
os imigrantes do sudeste
asiático, que se mudam em
família devido aos desdobramentos políticos em seus
países, as mulheres são
maioria, segundo o relatório.
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