São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 2006

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DIPLOMACIA

Chávez faz acordo com China e ganha seu apoio na ONU

DA REDAÇÃO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assinou ontem na China, que visita desde terça-feira, um acordo que amplia as vendas de petróleo ao país asiático em quase três vezes.
A Venezuela é o quinto maior exportador mundial do combustível e a expectativa é vender o equivalente a 1 milhão de barris por dia, na próxima década, ao segundo maior comprador do mundo.
O presidente chinês, Hu Jintao, por sua vez, anunciou o apoio à eleição da Venezuela como membro não-permanente do Conselho de Segurança. A eleição será em outubro e os Estados Unidos apresentaram a Guatemala como candidata alternativa.
A China tenta diminuir sua dependência do petróleo do Oriente Médio, o que vai ao encontro do desejo de Chávez de aumentar as vendas a outros países que não os EUA, seu maior comprador e, ao mesmo tempo, o grande alvo da retórica do presidente venezuelano.
A eleição para os membros não-permanentes do Conselho de Segurança é feita pela Assembléia Geral.
A China é um dos cinco membros permanentes, com poder de veto. "O apoio da China é muito importante do ponto de vista político", disse Chávez, que também esteve recentemente no Irã, na Rússia, em Angola e no Vietnã. A Rússia, também membro permanente, já anunciou o apoio a Chávez na eleição para o Conselho.
Para o especialista em energia Steven Knell, da organização Global Insight, o novo acordo entre a Venezuela e a China "deve preocupar os EUA, porque torna os dois países mais fortes".
"Não é bem o tipo de relação que eles [os americanos] gostariam de ver aprofundada."


Com agências internacionais

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