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FOCO
Morte de panda emprestado aumenta tensão no Pacífico
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A morte de um panda gigante que pertencia à China
em um zoológico japonês aumentou ainda mais a tensão
entre os dois países. O animal
não teria resistido a anestésicos administrados durante
uma cirurgia para retirada de
sêmen para reprodução em
cativeiro.
O panda de 14 anos, chamado de Kou Kou (ou Xing
Xing, em chinês), estava emprestado ao zoológico Oji, na
cidade de Kobi, desde 2002
para fazer tentativas de reprodução.
Como a reprodução de
pandas em cativeiro por
meios naturais é muito rara,
veterinários japoneses o sedaram para retirar seu sêmen. O animal morreu no último dia 9 supostamente de
overdose de anestésicos.
O tema vem sendo explorado na mídia chinesa e é um
dos mais comentados no
país. Isso porque o panda é
uma espécie de símbolo nacional chinês.
Desde o início da Revolução Comunista, a China manda pandas para outros países
quando quer fazer amigos ou
diminuir tensões políticas,
na chamada "diplomacia-panda".
A morte de Kou Kou intensificou protestos e manifestações antijaponesas que já vinham acontecendo na China
por conta da data de 18 de setembro, que marca o aniversário do início da guerra entre os dois países (1937-1945).
O mal-estar se acirrou depois que Pequim pediu para
que os japoneses não toquem
no corpo do panda enquanto
uma equipe de especialistas
chineses não chegar ao Japão
para fazer uma autópsia.
Os chineses acusam os veterinários japoneses de terem
aplicado no animal uma
quantidade excessiva de
anestésicos.
Se o erro japonês for comprovado, o zoológico pode
ter de pagar uma indenização equivalente a R$ 808 mil.
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