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Fundador pede adesão maior de brasileiros
DE SÃO PAULO
"Fazer perguntas sempre
foi uma ação arriscada",
conta Robert Quinn, atual
diretor-executivo da Scholars at Risk (scholarsatrisk.org) e um dos fundadores
e idealizadores da ideia que
originou a ONG.
Quinn, que também trabalha como advogado na
área de direitos humanos,
lembra que tudo começou
na Universidade de Chicago
em 1998, quando ele e um
grupo de amigos ouviram
um "relato impressionante"
sobre um pesquisador chinês que teve de sair de seu
país por conta das ameaças
contra sua vida, por causa
do trabalho.
"Nos demos conta que,
como pesquisadores e colegas vivendo e trabalhando
em instituições e países onde se pode produzir e compartilhar conhecimento livremente, tínhamos a obrigação moral de ajudar outros colegas", conta, por telefone, da Universidade de
Nova York, para onde a organização mudou sua sede
em 2004.
A proposta foi lançada
numa conferência sobre direitos humanos em 1999, e,
em junho de 2000, a organização sem fins lucrativos foi
formalizada.
Atualmente, com a participação de 230 universidades e instituições em quase
30 países, funciona como
uma rede internacional de
informação e articulação,
que, com quase 500 professores e pesquisadores voluntários, levanta informações, fundos e negocia posições para os acadêmicos em
perigo.
Quinn, falando à Folha
por e-mail, lembra que nenhuma universidade brasileira faz parte, como potencial hospedeira, desta "rede
de solidariedade", como
chama o trabalho da SAR.
"Tivemos um ou dois pedidos de ajuda de pesquisadores brasileiros alguns
anos atrás, bem no início.
Não eram riscos ligados à liberdade de expressão, que
eu me lembre, mas tinha a
ver com o trabalho de campo que queriam desenvolver na região amazônica",
diz. "Seria ótimo se tivéssemos adesões de instituições
no Brasil."
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