São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

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Fundador pede adesão maior de brasileiros

DE SÃO PAULO

"Fazer perguntas sempre foi uma ação arriscada", conta Robert Quinn, atual diretor-executivo da Scholars at Risk (scholarsatrisk.org) e um dos fundadores e idealizadores da ideia que originou a ONG.
Quinn, que também trabalha como advogado na área de direitos humanos, lembra que tudo começou na Universidade de Chicago em 1998, quando ele e um grupo de amigos ouviram um "relato impressionante" sobre um pesquisador chinês que teve de sair de seu país por conta das ameaças contra sua vida, por causa do trabalho.
"Nos demos conta que, como pesquisadores e colegas vivendo e trabalhando em instituições e países onde se pode produzir e compartilhar conhecimento livremente, tínhamos a obrigação moral de ajudar outros colegas", conta, por telefone, da Universidade de Nova York, para onde a organização mudou sua sede em 2004.
A proposta foi lançada numa conferência sobre direitos humanos em 1999, e, em junho de 2000, a organização sem fins lucrativos foi formalizada.
Atualmente, com a participação de 230 universidades e instituições em quase 30 países, funciona como uma rede internacional de informação e articulação, que, com quase 500 professores e pesquisadores voluntários, levanta informações, fundos e negocia posições para os acadêmicos em perigo.
Quinn, falando à Folha por e-mail, lembra que nenhuma universidade brasileira faz parte, como potencial hospedeira, desta "rede de solidariedade", como chama o trabalho da SAR.
"Tivemos um ou dois pedidos de ajuda de pesquisadores brasileiros alguns anos atrás, bem no início. Não eram riscos ligados à liberdade de expressão, que eu me lembre, mas tinha a ver com o trabalho de campo que queriam desenvolver na região amazônica", diz. "Seria ótimo se tivéssemos adesões de instituições no Brasil."


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