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São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

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Ataques matam dez, incluindo três crianças

DA REDAÇÃO

Três crianças iraquianas, quatro civis e três soldados americanos foram mortos ontem em diferentes incidentes no Iraque. As baixas americanas elevam para 105 as mortes de soldados dos EUA em ataques no pós-guerra.
Dois soldados morreram em um ataque com morteiro em Samarra, 110 km ao norte de Bagdá -o segundo do tipo em dois dias. O terceiro foi morto em um tiroteio com homens que tentavam invadir um armazém em Mossul, no norte do país.
Na mesma cidade, duas crianças iraquianas (uma de três anos e outra de dez) foram mortas em um ataque com granadas. Outras quatro pessoas foram feridas.
Em Bagdá, um ataque semelhante resultou na morte de pelo menos dois civis iraquianos e deixou mais sete feridos.
Em uma estrada próxima à capital, uma família -o pai, a mãe e a filha pequena- morreu quando seu carro se chocou com um veículo blindado americano de 13 toneladas, dirigido por funcionários da Autoridade Provisória da Coalizão que fugiam de uma emboscada. Duas meninas que estavam no carro sobreviveram ao acidente.

Tropas turcas
Diante da crescente violência no país e dos frequentes ataques a seus soldados, os EUA têm buscado ajuda para substituir parte de seu contingente no país, atualmente em 130 mil homens.
No entanto poucos países de maior capacidade militar cederam aos apelos.
A Turquia, diante da promessa de um empréstimo de US$ 8,5 bilhões, aprovou o envio de até 10 mil soldados ao Iraque.
Mas a decisão de Ancara esbarrou na resistência do Conselho de Governo Iraquiano. Os turcos são vistos com desconfiança no país por terem colonizado a região e por suas divergências com os curdos, majoritários no norte iraquiano.
Ontem, o premiê turco, Tayyip Erdogan, teria dito que os EUA pediram a suspensão das negociações para o envio dos soldados, segundo a rede de TV turca NTV.
"Os EUA disseram para lhes darmos mais tempo para que continuassem seu trabalho", teria dito Erdogan, conforme o site da NTV. "Dar um tempo não significa que as negociações acabaram", teria acrescentado o premiê.
Washington negou a informação. "As negociações e consultas prosseguem", disse Adam Ereli, porta-voz do Departamento de Estado.


Com agências internacionais

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