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São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

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Bird e ONU vão gerir dinheiro, dizem EUA

BABETTE STERN
DO "LE MONDE"

O dinheiro dos países doadores de recursos para a reconstrução do Iraque será gerenciado pelo Banco Mundial (Bird) e pela ONU, segundo Alan Larson, subsecretário de Estado americano para assuntos econômicos.
"O dinheiro servirá para levar a cabo projetos propostos por essas entidades em setores como educação, infra-estrutura e agricultura", disse Larson ao jornal "Le Monde". Segundo ele, quem determinará as prioridades são os iraquianos. "Podemos constatar que, a cada dia, os iraquianos vão tomando mais e mais as rédeas de seu país. A questão é: como podemos ajudá-los?"
 

Pergunta - O que sr. espera da conferência dos doadores?
Alan Larson -
Que os iraquianos saiam de lá contentes. Os EUA insistirão para que a assistência seja prestada na forma de doação, num primeiro período, para 2004. A seguir, no médio prazo, isso poderia mudar graças à produção de petróleo, que deve render US$ 5 bilhões ao ano a partir de 2005.

Pergunta - Quem vai gerir o dinheiro dos doadores?
Larson -
O dinheiro será colocado em um fundo que será gerenciado pela ONU e pelo Bird. Esse dinheiro servirá para levar a cabo projetos propostos por essas entidades em setores como educação, infra-estrutura e agricultura.

Pergunta - Como esses contratos serão concedidos?
Larson -
Se as empresas estiverem enquadradas em um dos setores, as regras da ONU e do banco Mundial se aplicam. Mas, na realidade, os iraquianos é que determinarão suas prioridades.

Pergunta - O sr. acredita que a resolução 1511, que criou uma força multinacional chancelada pela ONU e que estabeleceu um prazo para a apresentação do cronograma de transição, vá ajudar na mobilização de fundos?
Larson -
Espero que estimule a comunidade internacional a auxiliar os esforços de reconstrução, a obter uma força multilateral maior e a prestar uma maior assistência no plano da segurança. Alguns governos disseram que a resolução os ajudou a definir a natureza e o montante da contribuição que farão. Mas os iraquianos mesmos é que dominarão a conferência.
Podemos constatar que, a cada dia, os iraquianos vão tomando mais e mais as rédeas de seu país. A questão é: como podemos ajudá-los? Queremos garantir que o futuro governo democraticamente eleito receba da comunidade internacional assistência suficiente para o seu sucesso.


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