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São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Israel quer ampliar barreira na Cisjordânia condenada na ONU

Ataque em Gaza mata 3 israelenses

DA REDAÇÃO

Três militares israelenses, entre eles duas mulheres, foram mortos ontem na faixa de Gaza numa ação conjunta dos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmico. As vítimas faziam a segurança da colônia judaica de Neztarim.
O episódio representa uma nova escalada de violência na mesma região em que quatro palestinos foram mortos pelo Exército israelense nas últimas 24 horas.
Mostra também como o Hamas e o Jihad Islâmico estão aprofundando sua cooperação nos ataques contra Israel, conforme anunciaram neste mês.
Em Beirute, o líder da comunidade xiita, aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah, acusou os EUA de estimularem as agressões israelenses e disse que a guerra ao terrorismo e a política pró-Israel de Washington acabarão por aumentar o terrorismo.

Barreira
Israel divulgou ontem mais detalhes da barreira que está construindo ao longo de sua fronteira com a Cisjordânia e que inclui de seu lado grandes áreas de território palestino. O plano prevê que cerca de 80% dos colonos judeus da região fiquem do lado israelense da cerca.
Israel afirma que a barreira -uma mistura de muro e cerca- é essencial para impedir a entrada de terroristas palestinos que já realizaram mais de cem ataques suicidas desde o início da Intifada, a revolta palestina iniciada há três anos.
O premiê israelense, Ariel Sharon, disse ontem que os militares estão planejando uma extensão da barreira na região oriental do vale do rio Jordão, o que poderia cortar o acesso palestino ao rio, na fronteira com a Jordânia.
Um oficial do Exército disse que a extensão estaria de acordo com um velho conceito de Sharon de que o vale do rio Jordão deveria permanecer em mãos israelenses para que o país possa se defender de um possível ataque árabe pela sua fronteira oriental.
Os palestinos são contrários à barreira, argumentando que ela está sendo usada por Israel para estabelecer uma fronteira de um futuro Estado palestino que deixa grandes áreas sob controle israelense. A Assembléia Geral da ONU aprovou por grande maioria nesta semana uma condenação da barreira, após os EUA terem vetado um texto de mesmo teor no Conselho de Segurança do organismo internacional.


Com agências Internacionais


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