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ORIENTE MÉDIO
Israel quer ampliar barreira na Cisjordânia condenada na ONU
Ataque em Gaza mata 3 israelenses
DA REDAÇÃO
Três militares israelenses, entre
eles duas mulheres, foram mortos
ontem na faixa de Gaza numa
ação conjunta dos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmico. As
vítimas faziam a segurança da colônia judaica de Neztarim.
O episódio representa uma nova escalada de violência na mesma região em que quatro palestinos foram mortos pelo Exército
israelense nas últimas 24 horas.
Mostra também como o Hamas
e o Jihad Islâmico estão aprofundando sua cooperação nos ataques contra Israel, conforme
anunciaram neste mês.
Em Beirute, o líder da comunidade xiita, aiatolá Mohammed
Hussein Fadlallah, acusou os
EUA de estimularem as agressões
israelenses e disse que a guerra ao
terrorismo e a política pró-Israel
de Washington acabarão por aumentar o terrorismo.
Barreira
Israel divulgou ontem mais detalhes da barreira que está construindo ao longo de sua fronteira
com a Cisjordânia e que inclui de
seu lado grandes áreas de território palestino. O plano prevê que
cerca de 80% dos colonos judeus
da região fiquem do lado israelense da cerca.
Israel afirma que a barreira
-uma mistura de muro e cerca- é essencial para impedir a
entrada de terroristas palestinos
que já realizaram mais de cem
ataques suicidas desde o início da
Intifada, a revolta palestina iniciada há três anos.
O premiê israelense, Ariel Sharon, disse ontem que os militares
estão planejando uma extensão
da barreira na região oriental do
vale do rio Jordão, o que poderia
cortar o acesso palestino ao rio, na
fronteira com a Jordânia.
Um oficial do Exército disse que
a extensão estaria de acordo com
um velho conceito de Sharon de
que o vale do rio Jordão deveria
permanecer em mãos israelenses
para que o país possa se defender
de um possível ataque árabe pela
sua fronteira oriental.
Os palestinos são contrários à
barreira, argumentando que ela
está sendo usada por Israel para
estabelecer uma fronteira de um
futuro Estado palestino que deixa
grandes áreas sob controle israelense. A Assembléia Geral da
ONU aprovou por grande maioria nesta semana uma condenação da barreira, após os EUA terem vetado um texto de mesmo
teor no Conselho de Segurança do
organismo internacional.
Com agências Internacionais
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