UOL


São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

REINO UNIDO

William e Harry pedem que Paul Burrell pare de fazer revelações sobre a princesa morta e o acusam de traição

Filhos de Diana atacam ex-mordomo da mãe

Mario Testino - 20.jun.2003/Associated Press
O príncipe William, filho de Diana e Charles, em foto de arquivo


DA REDAÇÃO

Os príncipes britânicos William e Harry, filhos da princesa Diana e do príncipe Charles, criticaram duramente ontem o ex-mordomo da família real Paul Burrell, afirmando que ele é responsável por "uma traição aberta e fria" por ter revelado segredos da vida pessoal de Diana, morta num acidente de carro, em Paris, em agosto de 97.
Numa declaração oficial, William, 21, que também falou em nome de seu irmão de 19 anos de idade, disse que a princesa Diana ficaria "mortificada" se tomasse conhecimento das revelações feitas por Burrell. Este trabalhou para ela durante quase dez anos.
O ex-mordomo, que gozava da confiança total da princesa, escreveu sobre os segredos da família real no livro "A Royal Duty" (um dever real). Este vem sendo publicado -em fascículos- pelo tablóide "Daily Mirror", o que causou a ira da família real britânica.
Na última segunda-feira, quando um extrato do livro foi publicado pelo tablóide, teve início a disputa. De acordo com uma carta secreta revelada pelo ex-mordomo, a princesa Diana fez uma previsão assustadora sobre sua morte em um acidente de carro apenas dez meses antes de morrer em Paris.
"Não podemos acreditar que Paul, em quem confiávamos tanto, possa abusar de sua posição de uma forma que constitui uma traição aberta e fria", afirmaram os príncipes.
"Isso não é extremamente doloroso apenas para nós dois, mas também para todos aqueles que a notícia afeta. Isso deixaria nossa mãe mortificada se ela ainda estivesse viva. E nós nos sentimos mais capazes de falar sobre nossa mãe do que Paul. Pedimos a ele que ponha fim a essas revelações", acrescentaram.
Segundo um porta-voz da família real britânica, ambos estão dispostos a encontra-se com Burrell para discutir o assunto.
O ex-mordomo se recusou a pedir desculpas por seus atos ontem e disse que a declaração oficial dos príncipes o deixara entristecido.
Segundo ele disse à rede de TV americana ABC, Diana estava "desesperadamente" apaixonada pelo cirurgião paquistanês Hasnat Jan no momento de sua morte, não por Dodi al Fayed -que também morreu no acidente num túnel parisiense.
Burrell passou quase dois anos na luta contra acusações de que tinha roubado mais de 300 objetos pessoais de Diana e de outros membros da família real e foi processado no ano passado. Ele só foi inocentado por conta de uma intervenção da rainha Elizabeth 2ª. Esta disse ter-se lembrado de que, cinco anos antes, o ex-mordomo lhe tinha dito que guardaria alguns pertences da princesa.

Paparazzi
Três fotógrafos franceses que tiraram fotos de Diana e de Al Fayed após o acidente, em Paris, testemunharam ontem no processo que a Justiça francesa move contra eles e disseram não ter invadido a privacidade do casal.
As fotos tiradas por eles foram confiscadas e jamais vieram a público. Mas, na corte, um promotor os acusou de violar a ética jornalística e recomendou que eles sejam condenados, mas abriu caminho para que tenham direito a sursis. O veredicto será divulgado em 28 de novembro próximo.
Os três homens, que são acusados de invasão de privacidade, estavam entre os inúmeros fotógrafos que perseguiam o carro em que estavam Diana e Al Fayed no momento do acidente.

Com agências internacionais


Texto Anterior: Religião: Vaticano suspende missa para papa poder descansar
Próximo Texto: Reforma: Milhões de italianos fazem greve contra a reforma da Previdência
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.