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São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

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REFORMA

Governo quer idade e tempo de contribuição maiores

Milhões de italianos fazem greve contra a reforma da Previdência

DA REUTERS

Trens, aviões, escolas e até mesmo teatros de ópera foram atingidos ontem por uma greve de meio dia que milhões de italianos fizeram para protestar contra os planos do governo de elevar a idade mínima da aposentadoria, para aliviar as pressões sobre o sistema previdenciário.
Milhares de manifestantes lotaram praças em todo o país, na terceira onda de greves contra o primeiro-ministro Silvio Berlusconi (centro-direita) desde sua volta ao poder, em 2001.
"Se o governo não mudar de rumo e reconhecer a força de nossos argumentos, os protestos vão continuar", disse Guglielmo Epifani, presidente da maior central sindical italiana, a CGIL.
Como a França e a Alemanha, a Itália está tentando reformar seu sistema de aposentadorias, que consome cerca de 15% do PIB. Essa porcentagem deve crescer em função do envelhecimento da população. A proposta do governo é que se aposentem as pessoas que contribuem com a Previdência há 40 anos ou que alcançaram a idade mínima de 65 anos, para os homens, ou 60, no caso das mulheres. Os italianos hoje podem se aposentar aos 57, desde que tenham contribuído por 35 anos.
O setor mais prejudicado pela greve foi o dos transportes. A companhia aérea nacional Alitália cancelou mais de 150 de seus vôos da tarde em consequência da greve de quatro horas. Os trens matinais também pararam, atrapalhando os planos dos turistas.
Na opinião de muitos economistas, as reformas de Berlusconi foram insuficientes e a crise do sistema previdenciário italiano deve continuar se agravando.


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