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REFORMA
Governo quer idade e tempo de contribuição maiores
Milhões de italianos fazem greve contra a reforma da Previdência
DA REUTERS
Trens, aviões, escolas e até mesmo teatros de ópera foram atingidos ontem por uma greve de meio
dia que milhões de italianos fizeram para protestar contra os planos do governo de elevar a idade
mínima da aposentadoria, para
aliviar as pressões sobre o sistema
previdenciário.
Milhares de manifestantes lotaram praças em todo o país, na terceira onda de greves contra o primeiro-ministro Silvio Berlusconi
(centro-direita) desde sua volta
ao poder, em 2001.
"Se o governo não mudar de rumo e reconhecer a força de nossos
argumentos, os protestos vão
continuar", disse Guglielmo Epifani, presidente da maior central
sindical italiana, a CGIL.
Como a França e a Alemanha, a
Itália está tentando reformar seu
sistema de aposentadorias, que
consome cerca de 15% do PIB. Essa porcentagem deve crescer em
função do envelhecimento da população. A proposta do governo é
que se aposentem as pessoas que
contribuem com a Previdência há
40 anos ou que alcançaram a idade mínima de 65 anos, para os homens, ou 60, no caso das mulheres. Os italianos hoje podem se
aposentar aos 57, desde que tenham contribuído por 35 anos.
O setor mais prejudicado pela
greve foi o dos transportes. A
companhia aérea nacional Alitália cancelou mais de 150 de seus
vôos da tarde em consequência da
greve de quatro horas. Os trens
matinais também pararam, atrapalhando os planos dos turistas.
Na opinião de muitos economistas, as reformas de Berlusconi
foram insuficientes e a crise do
sistema previdenciário italiano
deve continuar se agravando.
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