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Itália pede o indiciamento de espiões
DE WASHINGTON
A operação "rendição extraordinária" sofre nesta semana seu maior revés jurídico na Europa. Nos próximos
dias, um procurador italiano
deve pedir indiciamento do
ex-chefe de espionagem daquele país por ter ajudado a
CIA na prisão de um religioso egípcio que resultou em
sua transferência de país e,
segundo afirma o próprio,
tortura.
Junto de Nicolò Pollari,
devem ser indiciados mais de
30 agentes, italianos e da CIA
-entre estes, a maioria já
deixou o país. A vítima é Hassan Mustafa Osama Nasr, conhecido como Abu Omar,
que foi seqüestrado em Milão no começo de 2003 e
transferido para o Egito.
Ali, segundo conta, foi torturado e hoje em dia, já solto,
mal consegue andar sem auxílio. Na relação dos acusados pela promotoria estaria o
ex-chefe da agência de inteligência norte-americana em
Milão, Robert Seldon Lady, e
Giuliano Tavaroli, ex-chefe
de segurança da Telecom
Itália e ex-braço direito de
Marco Tronchetti Provera,
presidente da empresa há
pouco afastado do cargo.
Em um caso não-relacionado, Tavaroli também é
apontado, segundo a última
edição da revista italiana
"Panorama", como autor de
um dossiê sobre o Ministro
da Justiça brasileiro, Márcio
Thomaz Bastos, feito em
2005.
(SD)
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