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Bloqueio inibe ajuda dos EUA a palestinos
WILLIAM A. ORME JR.
DO "THE NEW YORK TIMES"
O maior controle de Israel sobre
os movimentos dos palestinos está paralisando as ações do governo norte-americano na área de
desenvolvimento econômico em
territórios palestinos, segundo relataram ontem funcionários dos
EUA, durante a visita do secretário de Estado norte-americano,
Collin Powell, a Israel.
Vários projetos foram cortados
por restrições israelenses às importações e participantes palestinos em programas de treinamento estão sendo impedidos de viajar livremente dentro ou fora dos
territórios, denunciaram diplomatas norte-americanos.
Os EUA têm investido anualmente mais de US$ 100 milhões
em projetos de desenvolvimento
nas áreas palestinas e não vêem
com bons olhos as recentes medidas restritivas do governo israelense. Na semana passada funcionários norte-americanos ficaram
em alerta quando Israel impediu a
saída de uma delegação de economistas e industriais palestinos para um ciclo de seminários promovido pelos EUA em Roma e para
uma visita à Organização Mundial do Comércio, em Genebra.
Os seminários, de acordo com
os seus organizadores, tinham como principal objetivo apoiar "os
esforços das autoridades palestinas em incluir a economia do país
na era da globalização".
"Pedimos às autoridades israelenses que cessassem essa política
de pressão econômica contra os
palestinos, sobretudo as restrições ao movimento de grupos envolvidos em importantes atividades econômicas e comerciais",
disse Larry Shartz, porta-voz da
Embaixada dos EUA em Israel.
Para viajar até o aeroporto internacional Ben Gurion, que fica
próximo a Tel Aviv, a delegação
palestina necessitava da autorização oficial de Israel para 17 dos
seus 21 integrantes -os demais
possuíam passaporte americano
ou eram residentes de Jerusalém
Oriental.
Embora as autoridades militares israelenses tivessem garantido
que os vistos seriam concedidos,
na última hora a delegação foi informada de que os 17 pedidos de
saída do país haviam sido negados. Para Maher Masri, ministro
palestino da Indústria e do Comércio que organizou a delegação
com o apoio de funcionários americanos, "Israel não tem como alegar nenhuma medida de segurança que justifique suas ações ilegais
nessa matéria".
Funcionários do gabinete do
primeiro-ministro israelense responderam que as razões específicas da suspensão dos vistos eram
de responsabilidade das Forças
Armadas de Israel, que são responsáveis pelos assuntos civis em
territórios palestinos.
Questionados sobre a medida,
os militares israelenses afirmaram que a atual política do governo é de rejeitar os vistos de viagem
de todos os palestinos, a menos
que funcionários do primeiro escalão de Israel sancionem o pedido de visto.
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