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MULTIMÍDIA
The New York Times - de Nova York
Teorias de Rumsfeld estão erradas
EUA Em editorial publicado ontem, o jornal "The New York Times" exortou o reforço das tropas
norte-americanas no Iraque e criticou a estratégia militar adotada
pelo secretário de Defesa, Donald
Rumsfeld.
De acordo com o jornal, o número de baixas -desde o início
da ocupação, aproximadamente
700 soldados morreram, dos
quais mais de cem apenas neste
mês- demonstram que os planos de Rumsfeld não tem sido eficazes e que "a Casa Branca não
pode continuar a negar às nossas
forças e ao povo do Iraque a proteção que tropas adequadamente
fortes poderiam oferecer".
"Bush aderiu à equivocada idéia
de Rumsfeld de que uma força
mínima poderia não apenas capturar Bagdá como também controlar, estabilizar e reconstruir
um país inteiro", diz o editorial.
O "New York Times" também
critica a recente decisão do governo de ampliar de 115 mil para 135
mil o número de soldados no Iraque. Segundo o editorial, esse aumento é insuficiente tanto quantitativa quanto qualitativamente, já
que é efetivado pelo prolongamento da permanência de soldados que já estão no Iraque e
"exaustos".
Além disso, essa ampliação do
contingente militar durará apenas 90 dias -prazo considerado
insuficiente pelo jornal. Sem citar
nomes, o diário afirma que especialistas sugerem um aumento, a
curto prazo, de ao menos mais 50
mil.
De acordo com o editorial, a
principal falha de Rumsfeld é não
considerar os aspectos políticos
que envolvem a ocupação e reconstrução do Iraque. O acirramento dos ataques dos insurgentes, ocorrido neste mês, era "facilmente previsível", afirma o "New
York Times".
Por isso, defende o jornal, "o governo precisa criar uma estratégia
militar de longo prazo e aceitar a
carga de providenciar as tropas
necessárias para cumpri-la".
Grande parte dos problemas
hoje enfrentados pelas forças de
ocupação no Iraque, segundo o
jornal, poderiam ter sido evitados
caso Rumsfeld "não estivesse tão
determinado" a rechaçar as idéias
defendidas pelo secretário de Estado, Colin Powell. Para Powell, se
o uso da força é inevitável, então
essa força deve ser devastadora.
"A Casa Branca não fala muito
sobre isso, mas o Pentágono planeja permanecer no Iraque pelo
menos até o final de 2006. Até esse
cronograma é extremamente otimista. Ele assume que tudo acontecerá exatamente de acordo com
um plano que ninguém além do
círculo de Bush parece compreender e que certamente não
está funcionando tão bem", afirma o jornal.
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