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EUROPA
Presidente de origem grega diz que ajudará lado turco
Nações Unidas lamentam perda de chance "única e histórica" em Chipre
DA REDAÇÃO
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lamentou ontem o resultado negativo do plebiscito
ocorrido anteontem em Chipre,
que rejeitou a reunificação da ilha,
defendida pela organização.
Já o presidente Tassos Papadopoulos, que representa a maioria
cipriota grega, afirmou que irá
trabalhar para aliviar o isolamento dos cipriotas turcos e assegurar
que eles se beneficiem da entrada
do país na União Européia, que
irá ocorrer em 1º de maio.
Para Annan, perdeu-se "uma
oportunidade única e histórica",
pois o Chipre entrará "dividido e
militarizado" na UE.
Já Papadopoulos afirmou que
"os cipriotas gregos não voltarão
as costas para os compatriotas cipriotas turcos. Em vez disso, trabalharemos para uma solução
que concilie as esperanças e aspirações de ambos os lados", disse.
Ele também disse que irá buscar
o fim do isolamento econômico
dos cipriotas turcos, que habitam
o norte do país.
No sábado, em plebiscitos separados, 76% dos cipriotas gregos
votaram contra a reunificação,
enquanto 65% dos cipriotas turcos votaram a favor. Para que fosse efetivada, a reunificação da ilha
deveria ter sido aprovada em ambas as votações.
A reunificação representaria para os cipriotas turcos o fim do isolamento econômico do norte. Legalmente, eles só podem manter
relações comerciais com a Turquia, o único governo a reconhecer a autonomia política da região. O
aeroporto cipriota turco só recebe
vôos regulares da Turquia.
Hoje com 760 mil habitantes,
Chipre foi palco de grande violência durante a década de 60. A ilha
ficou dividida após uma invasão
turca em resposta a um golpe realizado pelos gregos, em 1974. No
ano seguinte, os cipriotas turcos
criaram uma administração independente no norte da ilha.
Os cipriotas gregos, no sul da
ilha, acreditam que o plano para a
divisão do poder proposto pela
ONU não lhes concede território e
garantias suficientes sobre a retirada dos cerca de 30 mil soldados
turcos estacionados no norte da
ilha desde a invasão.
Como a reunificação não foi
aprovada, somente a parte grega
da ilha (que é reconhecida internacionalmente) entrará na UE em
1º de maio.
Com agências internacionais
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