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ELEIÇÃO
Fischer apóia neutralidade e Estado do Bem-Estar Social
Social-democrata moderado ganha a eleição presidencial na Áustria
DA REDAÇÃO
O social-democrata Heinz Fischer elegeu-se ontem para a Presidência da Áustria, derrotando a
atual ministra das Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner,
que era apoiada por Jörg Haider
(de extrema direita).
A votação foi encerrada às 17h
(horário local) e o resultado foi divulgado à noite. Fischer obteve
mais de 53% dos votos, e Ferrero-Waldner, pouco menos de 48%.
O moderado Fischer, 65, é um
parlamentar que fez carreira no
Partido Social Democrático. Apelidado pela mídia de "camundongo cinza", Fischer manteve ao
longo da campanha uma estreita
vantagem sobre sua adversária ao
insistir na defesa do Estado do
Bem-Estar Social e na histórica
neutralidade política do país.
"Quero contribuir para políticas
de harmonização social e responsabilidade em direção a nossa
neutralidade", declarou Fischer
pouco antes de votar.
Ferrero-Waldner, 55, foi indicada pelo conservadores do partido
do atual chanceler (premiê),
Wolfgang Schüssel, e tinha também o apoio de Haider, cujo Partido da Liberdade apóia a coalizão
governamental.
Ferrero-Waldner foi menos enfática na defesa da neutralidade
do país, adotada desde o fim da
Segunda Guerra, além de ter sido
identificada por muitos eleitores
com a reforma das pensões e cortes de gastos sociais do governo
de centro-direita.
Fischer irá assumir a Presidência da Áustria no dia 8 de julho, no
lugar de Thomas Klestil, que, assim como Ferrero-Waldner, havia sido indicado pelo conservador Partido do Povo.
As principais atribuições do
presidente do país são de caráter
representativo, mas sua opinião
tem peso em importantes questões, além de poder influenciar a
formação do governo.
Teoricamente, o presidente da
Áustria detém um amplo espectro
de poderes, a ponto de poder destituir o chanceler, que cuida do
dia-a-dia do governo, ou desfazer
um gabinete de que não goste.
Mas, até hoje, nenhum presidente austríaco chegou a desfazer
um governo. Tradicionalmente e
também na prática, o chanceler
da Áustria é nomeado pelo partido que obtém a maior representação do Legislativo nas eleições
parlamentares.
Com agências internacionais
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