DA REDAÇÃO

Uma investigação militar dos EUA sobre a morte acidental, a tiros, de um agente da inteligência italiana em Bagdá concluiu que os soldados americanos não cometeram delitos e não serão punidos, afirmou ontem um oficial do Exército dos EUA.
O incidente ocorreu em março, durante a libertação da jornalista italiana Giuliana Sgrena após um mês de cativeiro.
Segundo a fonte militar, a Itália não concorda com as conclusões mais importantes do relatório preliminar e se recusa a endossá-lo. Soldados dos EUA mataram acidentalmente o agente Nicola Calipari quando abriram fogo contra um carro no qual ele acompanhava Sgrena, que tinha acabado de ser libertada.
O oficial do Exército afirmou que a Itália discorda de duas questões factuais do relatório: a velocidade do carro ao se aproximar do posto onde aconteceu o tiroteio e a natureza das comunicações entre forças americanas e italianas antes do incidente.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, pediu a libertação de três jornalistas romenos seqüestrados no Iraque. Em Bucareste, mais de mil pessoas protestaram ante a sede do governo.
Políticos iraquianos adiaram novamente ontem a nomeação do novo governo. Legisladores disseram que a aliança xiita que venceu as eleições se voltou para a formação de um governo com os curdos e os sunitas depois de rejeitar as demandas do premiê Iyad Allawi para que seu partido recebesse cinco ministérios.
Já os sunitas deixaram de lado o pedido de incluir ex-membros do partido de Saddam Hussein no novo gabinete em uma tentativa de conseguir mais ministérios.
Um soldado americano foi morto por uma explosão perto de Bagdá. Militares americanos afirmaram terem prendido mais quatro suspeitos de derrubar um helicóptero civil na semana passada, elevando o número de detidos para dez. Separadamente, soldados americanos em Bagdá fizeram uma ofensiva contra rebeldes, capturando 31 suspeitos e matando vários outros, segundo uma declaração do Exército.