São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 2005

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TRAGÉDIA

Feridos são mais de 440

Mortos em acidente de trem no Japão vão a 73

DA REDAÇÃO

Subiram para 73 o número de mortos e para mais de 440 o número de feridos no acidente de trem ocorrido perto da cidade japonesa de Amagasaki (410 km a oeste de Tóquio) ontem, às 9h18 no horário japonês (21h18 do domingo no horário de Brasília). É o pior acidente do tipo no país desde 1963, quando um choque de três trens matou 161 pessoas em Tsurumi, perto de Tóquio.
O trem carregava 580 passageiros quando descarrilou, batendo em um automóvel antes de atingir um prédio de nove andares. Dois dos cinco vagões descarrilados entraram na garagem do prédio, no primeiro andar. Centenas de policiais e de membros da equipe de resgate trabalharam entre os destroços para recuperar corpos e tentar libertar ao menos dois sobreviventes que ainda estavam presos no trem 13 horas depois do trágico acidente.
Testemunhas afirmam que o trem estava em alta velocidade e não conseguiu completar uma curva. Investigadores suspeitam de alta velocidade e da inexperiência do condutor, mas não descartam outras explicações.
O ministro dos Transportes japonês, Kazuo Kitagawa, afirmou que vai ordenar que todos os operadores de linhas ferroviárias no Japão façam inspeções de segurança nos próximos dias. O presidente da operadora de trens West Japan Railway, Takeshi Kakiuchi, pediu desculpas pelo acidente.
Um membro da tripulação afirmou à polícia que ele "sentiu que o trem estava indo mais rápido que o normal", segundo a rede pública de televisão japonesa NHK. Outros passageiros afirmaram à rede que o condutor parecia tentar compensar o tempo perdido depois de ultrapassar a estação anterior em oito metros e de ter de voltar.
O condutor -identificado como Ryujiro Takami, de 23 anos- obteve sua licença para conduzir o trem em maio de 2004. Em junho, ele ultrapassou uma estação e foi advertido.
O acidente de ontem ocorreu em uma curva, onde o trem deve desacelerar para 70km/h. O sistema automático de freagem naquele trecho está entre os mais antigos do país e não consegue parar trens em alta velocidade. Sistemas mais novos são projetados para parar trens com problemas.
O premiê japonês, Junichiro Koizumi, ofereceu suas condolências às famílias dos mortos.


Com agências internacionais

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