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Nomeado é curinga de Kirchner
DE BUENOS AIRES
O novo ministro da Economia, Carlos Rafael Fernández, é uma espécie de
tábua de salvação do governo Kirchner. Esta é a
terceira vez que convocam
o economista em momentos de crise. Há pouco
mais de um mês, foi chamado para assumir a direção da Afip (Administração Federal de Ingressos
Públicos da Argentina, a
Receita local) depois de
uma briga interna entre o
ex-titular do órgão e o responsável pela Alfândega.
Já em 2007, Néstor
Kirchner o enviou para ser
secretário de Economia do
então governador de Buenos Aires, Felipe Solá, que
tinha problemas com as finanças da Província.
Formado em economia
pela Universidade Nacional de La Plata, Fernández, especialista em finanças públicas, é definido como economista pragmático de perfil técnico. Discreto, era pouco conhecido até então, como os antecessores Martín Lousteau e Miguel Peirano.
Integrou o gabinete presidencial ainda no governo
de Carlos Menem (1989-1999), quando foi diretor
da Coordenação Fiscal das
Províncias. No governo
Kirchner (2003-2007), foi
subsecretário de Relações
com as Províncias e vice-secretário da Fazenda.
Homem de confiança do
chefe-de-gabinete, Alberto Fernández, conquistou
Kirchner ao assumir temporariamente a Secretaria
da Fazenda e informar
diariamente os dados de
gastos e arrecadação.
A partir de hoje, o novo
ministro tem dois problemas principais para resolver: o conflito com o campo e a inflação.
O conflito entre campo e
governo passa por um período de trégua, mas as negociações estão travadas.
Esperançosos pela intervenção do novo ministro,
os dirigentes agropecuários participaram do ato
de posse de Fernández.
Mas é a inflação o verdadeiro problema do novo
ministro. Segundo o governo, a inflação é de cerca
de 8% ao ano, mas especialistas afirmam que o índice seria até o triplo. Para o
economista Ramiro Castiñeira, da consultoria Econométrica, a mudança não
terá nenhum efeito, já que
o secretário de Comércio
Interior continua no governo. "É Guillermo Moreno o responsável pela
manipulação dos índices
de inflação. Se ele segue no
poder, o problema da inflação não será resolvido."
Carlos será o quarto
Fernández do governo,
junto com a presidente
Cristina, o chefe-de-gabinete, Alberto, e o ministro
da Justiça, Aníbal.
(AK)
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