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Obama traçou metas do período antes da posse
Pete Souza - 13.abr.09/France Presse
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Obama corre na Casa Branca com o cão que prometeu às filhas
DE WASHINGTON
"Sob todos os aspectos, é preciso ir até Franklin Delano
Roosevelt para comparar os
primeiros cem dias de Barack
Obama em termos de ações tomadas", disse Allan Lichtman,
especialista em Presidência da
American University, de Washington, referindo-se ao democrata que tirou o país da Grande
Depressão (leia entrevista na
página ao lado).
Foi FDR (1933-1945) quem
começou a usar a data como parâmetro da avaliação inicial da
Presidência norte-americana.
Fez isso baseado nos Cem
Dias de Napoleão Bonaparte,
como é chamado o lapso que vai
da volta do corso a Paris depois
do exílio na ilha de Elba, em 20
de março de 1815, até a segunda
restauração de Luís 18, em 8 de
julho daquele ano -período
que inclui a Batalha de Waterloo e na verdade tem 111 dias.
Oficialmente, a Casa Branca
tenta diminuir a importância
da efeméride.
Em entrevista na quinta, o
porta-voz, Robert Gibbs, disse
que era uma "data arbitrária".
"Eu acho que o presidente, a
Casa Branca e a imensa maioria
da população americana acredita que o 100º dia não é diferente do 99º, do 101º ou do
123º", afirmou.
Bastidores
Nos bastidores, no entanto, a
preocupação com a marca estava presente desde antes da posse, quando, a pedido do então
presidente eleito, o coordenador da transição obamista,
John Podesta, delineou os objetivos a serem atingidos até a
quarta-feira, dia 29.
Não é por acaso que o democrata marcou sua terceira entrevista coletiva em rede nacional para as 20h locais (21h de
Brasília) desse dia. Nela, deve
falar de suas iniciativas para dizer como o país mudou, avaliação compartilhada pela população, segundo pesquisas de
opinião recentes. Mas deve falar também de economia, assunto que dominou seus pronunciamentos públicos até hoje, com 51% das menções.
"Como professor universitário, estou acostumado a dar notas", escreveu Robert Reich, ex-secretário do Trabalho de Bill
Clinton (1993-2001), da Universidade da Califórnia. "Para
Obama, dou um A, um B e um
F", continua -no sistema de
avaliação das escolas dos EUA,
a primeira letra do alfabeto é a
nota mais alta.
Segundo Reich, o Orçamento
merece A, por sua "extraordinária visão do que o país pode e
deve se tornar"; o pacote de estímulo, um B, "porque é bom,
mas não grande o suficiente"; já
as operações de resgate dos
bancos levam F, "porque não
estão dando certo, e os bancos
estão emprestando menos do
que cinco meses atrás".
A média, conclui, é um C.
(SD)
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