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Equatorianos no exterior têm peso na eleição
RICARDO WESTIN
DE MADRI
O rosto do presidente equatoriano, Rafael Correa, é imagem fácil nas ruas das grande
cidades espanholas. Estampado em cartazes, ele se dirige aos
imigrantes para lembrá-los de
que é preciso ir às urnas hoje e
que ele é candidato à reeleição.
É a segunda vez que equatorianos votarão para presidente
em seções instaladas fora do
país. E também para deputados, que representarão, em
Quito, os residentes no exterior. Os "deputados estrangeiros" são seis: dois para a Europa, dois para os EUA e o Canadá
e dois para a América Latina. As
vagas foram criadas em 2008,
pela nova Constituição.
A disputa pelos votos "estrangeiros" se justifica pela inchada população de migrantes.
De cada cinco equatorianos,
um mora no exterior.
Os equatorianos começaram
a deixar o país no final dos anos
90, expulsos por uma grave crise econômica e pelo desemprego. Remessas de migrantes são
hoje a segunda principal fonte
de divisas do país, que dolarizou a economia em 2000.
Cerca de 184 mil imigrantes
equatorianos estão aptos a votar hoje. O número é baixo, em
comparação aos 3 milhões de
residentes no exterior. O voto é
facultativo, e muitos temem ser
expulsos por não terem visto de
residência -receio infundado,
já que a eleição é organizada pelo governo equatoriano, não
pelo país estrangeiro.
O maior "colégio eleitoral"
no exterior é a Espanha, que
abriga cerca de 700 mil equatorianos. Dez candidatos disputam as duas vagas europeias.
Em cartazes, Correa aparece
com a candidata a deputada
Dora Aguirre, 39, que vive há 15
anos em Madri e preside uma
associação de imigrantes.
Sua maior promessa é facilitar a vida dos que voltam à terra
natal. Com o desemprego em
15% na Espanha, muitos se
veem obrigados a retornar.
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