São Paulo, domingo, 26 de abril de 2009

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Equatorianos no exterior têm peso na eleição

RICARDO WESTIN
DE MADRI

O rosto do presidente equatoriano, Rafael Correa, é imagem fácil nas ruas das grande cidades espanholas. Estampado em cartazes, ele se dirige aos imigrantes para lembrá-los de que é preciso ir às urnas hoje e que ele é candidato à reeleição.
É a segunda vez que equatorianos votarão para presidente em seções instaladas fora do país. E também para deputados, que representarão, em Quito, os residentes no exterior. Os "deputados estrangeiros" são seis: dois para a Europa, dois para os EUA e o Canadá e dois para a América Latina. As vagas foram criadas em 2008, pela nova Constituição.
A disputa pelos votos "estrangeiros" se justifica pela inchada população de migrantes. De cada cinco equatorianos, um mora no exterior.
Os equatorianos começaram a deixar o país no final dos anos 90, expulsos por uma grave crise econômica e pelo desemprego. Remessas de migrantes são hoje a segunda principal fonte de divisas do país, que dolarizou a economia em 2000.
Cerca de 184 mil imigrantes equatorianos estão aptos a votar hoje. O número é baixo, em comparação aos 3 milhões de residentes no exterior. O voto é facultativo, e muitos temem ser expulsos por não terem visto de residência -receio infundado, já que a eleição é organizada pelo governo equatoriano, não pelo país estrangeiro.
O maior "colégio eleitoral" no exterior é a Espanha, que abriga cerca de 700 mil equatorianos. Dez candidatos disputam as duas vagas europeias.
Em cartazes, Correa aparece com a candidata a deputada Dora Aguirre, 39, que vive há 15 anos em Madri e preside uma associação de imigrantes.
Sua maior promessa é facilitar a vida dos que voltam à terra natal. Com o desemprego em 15% na Espanha, muitos se veem obrigados a retornar.


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