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Santuário xiita
é danificado
em combate
DA REDAÇÃO
O mais importante santuário
xiita no Iraque foi levemente danificado ontem num combate
com foguetes, disseram testemunhas. O templo do imã Ali fica em
Najaf, cidade sagrada para os xiitas cujas cercanias se tornaram
palco de um embate entre forças
dos EUA e a milícia do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr.
Al Sadr acusou os EUA de causarem o estrago em uma das entradas do templo. Um véu que cobria o portão foi rasgado e partes
da parede foram danificadas. Os
confrontos ontem prosseguiram
na região com a morte de 13 seguidores de Al Sadr pelos EUA.
Os EUA, que vinham evitando
entrar na cidade sob pena de provocar um levante nacional, negam. "As forças da coalizão não
são responsáveis pelos danos à
mesquita", disse o general Mark
Kimmitt, porta-voz da coalizão.
O aiatolá Mohammed Baqer al
Mehri, aliado do grão-aiatolá Ali
al Sistani, o mais poderoso líder
xiita do Iraque, acusou Al Sadr de
atacar a mesquita para culpar os
EUA. Segundo Al Mehri, que vive
no Kuait, Al Sadr tentou atingir a
cúpula do templo, mas errou.
Sanchez
O Pentágono confirmou ontem
que o general Ricardo Sanchez,
comandante das tropas americanas no Iraque, deixará o cargo.
Mas a Defesa negou que a mudança tenha relação com o escândalo envolvendo a tortura de iraquianos por soldados dos EUA na
prisão bagdali de Abu Ghraib.
O substituto mais provável é o
general George Casey, vice-chefe
do Estado-Maior do Exército. A
decisão ainda não foi tomada.
Segundo o Pentágono, Sanchez
deixará o posto porque completou um ano no cargo, quando os
postos normalmente mudam.
O general alega não ter tido conhecimento dos casos antes que o
escândalo estourasse. Segundo o
porta-voz Lawrence di Rita, o
Pentágono acredita que "Sanchez
lidou com a questão de um modo
muito profissional". O presidente
George W. Bush prometeu anteontem demolir a prisão.
Testes laboratoriais abrangentes confirmaram a presença de sarin, uma substância química que
ataca o sistema nervoso, em uma
peça de artilharia encontrada em
uma estrada perto de Bagdá há
dez dias. Como a peça foi a única
do tipo achada, militares acreditam que ela seja anterior à Guerra
do Golfo (1991).
Com agências internacionais
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