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IRAQUE OCUPADO
Tropas devem ser reforçadas após morte de seis soldados
Busca por armas provocou ataque contra britânicos
DA REDAÇÃO
As primeiras baixas britânicas
após a tomada de Bagdá teriam sido provocadas por iraquianos
ressentidos ao terem suas casas
vasculhadas em busca de armas
químicas. Segundo os moradores
da região de Amarah (sul) -onde seis soldados britânicos foram
mortos e oito foram feridos anteontem-, o ataque ocorreu
após os britânicos dispararem balas de plástico contra manifestantes diante de uma delegacia.
Pensando que eles haviam disparado balas verdadeiras, os iraquianos reagiram a tiros de fuzil.
No confronto, disseram testemunhas, quatro civis foram mortos e 14 foram feridos. A população protestava contra as constantes vistorias no vilarejo de Majjar, 30 km ao sul de Amarah, onde os
soldados invadiram casas usando
cachorros e revistaram os quartos
das mulheres -duas ofensas graves para os muçulmanos.
Passadas 14 semanas da invasão
do Iraque, nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada. Diante da
pressão sobre os governos britânico e americano, as buscas foram
intensificadas.
Um porta-voz britânico no Iraque, o coronel Ronnie McCourt,
negou a versão de que os iraquianos reagiram a disparos e chamou
o incidente de "assassinato". Os
seis mortos eram policiais militares que treinavam a polícia local.
O premiê Tony Blair admitiu a
versão iraquiana, dizendo que os
soldados teriam tido problemas
ao tentar desarmar a população.
Os moradores de Majjar disseram que foi imposto um prazo de
48 horas para a entrega dos responsáveis pela morte dos soldados britânicos, mas os militares negaram.
Mais tropas
Os britânicos, que controlam o
sul do Iraque, elevaram seu estado de alerta na região, temendo
que Majjar se torne um foco de
tensão semelhante a Fallujah, no
oeste do país, controlado pelos
EUA, onde o ressentimento contra a presença americana cresceu
enormemente após dois confrontos entre soldados e manifestantes em abril, que resultaram na
morte de 17 civis iraquianos.
O ministro da Defesa britânico,
Geoffrey Hoon, disse ontem que
os fatos em Amarah levaram os
militares a rever sua posição de
que não enviariam mais tropas ao
país e que mais soldados podem
ser enviados. "Temos forças significativas disponíveis, se necessário", disse o ministro.
Até esta semana, nenhum incidente grave entre os soldados britânicos e os civis iraquianos havia
sido registrado desde a tomada de
Bagdá, em 9 de abril -no mesmo
período, as tropas americanas,
que ocupam região com mais
simpatizantes do regime deposto,
registram 46 mortes em combate
Com agências internacionais
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