São Paulo, Segunda-feira, 26 de Julho de 1999
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INSPIRAÇÃO
Autores ambientam clássicos na área campestre britânica
Corrida para o interior ameaça

de Londres

A mudança na paisagem do campo ameaça um cenário historicamente retratado por clássicos da literatura britânica.
Sonetos de Shakespeare (1564-1616), romances de Jane Austen (1775-1817), intrigas familiares de Charlotte Brontë (1816-1855) e crimes resolvidos pela personagem Miss Marple, de Agatha Christie (1890-1976), são alguns dos exemplos de passagens literárias que têm a vida campestre como cenário.
Alguns aspectos hoje ameaçados pelo crescimento desordenado das cidades do interior, como a paisagem bucólica e as comunidades provincianas, constituíam eixos fundamentais das narrativas.
A escritora Jane Austen chegou a dizer que as fontes para seus romances ("Razão e Sensibilidade", "Orgulho e Preconceito" e "Emma") eram "três ou quatro famílias típicas de pequenos vilarejos britânicos".
A família Brontë, composta por três irmãs escritoras, Charlotte ("Jane Eyre"), Emily ("O Morro dos Ventos Uivantes") e Anne ("O Locatário de Wildfell Hall"), fez do vilarejo de Haworth um teatro para enredos de suspense e romance.
O campo britânico do início do século é o cenário do filme "Retorno a Howards End", de James Ivory, feito a partir de livros de E.M. Forster, com Emma Thompson e Anthony Hopkins. O cenário campestre inspirou o livro "Vestígios do Dia", de Kazuo Ishiguro, também transposto para o cinema. (SC)

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