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EUA
Dow Corning quer criar fundo para evitar ações judiciais futuras
Empresa oferece US$ 2,4 bi para vítimas de implante de silicone
de Washington
A Dow Corning, que foi líder
mundial na produção de implantes de silicone, ofereceu ontem
criar um fundo de US$ 2,4 bilhões
para indenizar mulheres que tenham determinadas doenças sem
necessidade de provas de que seu
produto as tenha ocasionado.
Esta é a primeira vez que a Dow
Corning, uma joint venture da
Dow Chemical e da Corning Inc.,
admite pagar por enfermidades de
quem tenha se submetido a implantes de silicone. "Nós acreditamos na ciência, que mostra que os
implantes não causam doenças,
mas há um grande número de mulheres que acham o contrário, e esse assunto provavelmente nunca
se resolverá", disse o presidente
da Dow Corning, Gary Anderson,
para justificar a oferta de ontem.
As pessoas que aceitarem a indenização oferecida pela empresa
(entre US$ 650 e, no máximo, US$
200 mil, dependendo do tipo de
doença e de diferentes exames médicos a que elas terão de se submeter) concordarão em abrir mão de
futuros processos. A empresa estima que sua oferta será aceita por
150 mil mulheres nos EUA e 50 mil
em outros países (essas receberão
no máximo US$ 100 mil).
Na semana passada, a Dow Chemical perdeu a primeira ação coletiva, movida por 1.800 mulheres
do Estado de Louisiana, sul dos
EUA. Antes, já havia perdido dois
casos individuais: um de US$ 5,2
milhões e outro de US$ 14 milhões.
Ambos estão em fase de recurso
em instâncias superiores.
A Dow Corning pediu concordata em 1995 por causa da ameaça de
centenas de milhares de processos.
A proposta de ontem faz parte de
sua reorganização e tem de ser
aceita pelos credores.
(CELS)
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