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São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

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LEI DA PRISÃO

Geoghan, preso por pedofilia, foi estrangulado e surrado antes de morrer

Ex-padre foi morto por neonazista

DA REDAÇÃO

John Geoghan, 68, um ex-padre católico que cumpria pena de seis anos por tentar estuprar um garoto de dez anos, morreu após ser amarrado, estrangulado e espancado por um assassino condenado que conseguira entrar em sua cela enquanto os guardas de uma prisão de Massachusetts (nordeste dos EUA) estavam distraídos, segundo informação divulgada ontem por autoridades do Estado.
Geoghan foi estrangulado com um par de meias e brutalmente surrado por Joseph Druce, 37, um neonazista condenado por matar um motorista de ônibus homossexual, de acordo com as mesmas fontes.
Os resultados da autópsia, que determinarão as causas exatas da morte do ex-padre, ainda não foram divulgados.
Geoghan, figura central do escândalo de abusos sexuais e de pedofilia que abalou a Igreja Católica dos EUA nos últimos anos, estava preso em condições especiais e tinha requisitado medidas de proteção mais rígidas antes de seu brutal assassinato, segundo as autoridades de Massachusetts.
No ano passado, a igreja americana pagou US$ 10 milhões para pôr fim a disputas judiciais que envolviam 86 supostas vítimas de abusos sexuais cometidos por Geoghan.
De acordo com o promotor John Conte, Druce, que planejara seus atos durante semanas, seguiu o ex-padre até sua cela após o almoço, no sábado, conseguiu travar a porta da cela com um livro e atacou Geoghan.
Segundo Conte, Druce será acusado de assassinato pelo ocorrido. O processo contra Geoghan ajudou a revelar uma série de casos de abusos cometidos por religiosos. O escândalo levou o cardeal Bernard Law a deixar a chefia da arquidiocese de Boston em 2002.


Com agências internacionais


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