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PEDOFILIA
Decisão inclui prefeito local
Justiça condena 6 por crimes sexuais em ilha
DA REDAÇÃO
Seis dentre sete homens acusados de crimes como estupro e pedofilia foram considerados culpados ontem por corte britânica em
Pitcairn, uma pequena ilha no Pacífico Sul, onde vivem 47 descendentes de marinheiros ingleses
que se amotinaram em 1790. As
sentenças devem ser divulgadas
até o final da semana.
Contra os sete acusados pesavam mais de 50 acusações de abuso sexual, com base em depoimentos de oito mulheres que deixaram a ilha. Alguns dos crimes
foram cometidos há até 40 anos.
Entre as vítimas havia crianças de
5 e 11 anos de idade.
O magistrado Jay Warren, que
enfrentava acusação de violento
atentado ao pudor, foi o único absolvido. Os demais foram considerados culpados de 35 acusações, segundo Bryan Nicholson,
do Alto Comissariado Britânico
em Wellington (Nova Zelândia).
Um dos condenados é o prefeito
local, Steve Christian, 53, condenado por cinco estupros, mas absolvido de quatro atentados violentos ao pudor e um outro estupro. Seu filho, Randy Christian,
30, também foi condenado por
quatro estupros e cinco atentados
violentos ao pudor.
Parte da população havia saído
em defesa dos homens, alegando
que manter relações sexuais com
menores de idade era um costume local, realizado sem violência.
Os veredictos foram dados por
juízes enviados pela Nova Zelândia para os julgamentos, que começaram no dia 30 de setembro,
em corte provisória estabelecida
em Pitcairn.
Mesmo se condenados à prisão,
porém, os homens ficarão em liberdade até que se resolvam disputas judiciais a respeito da jurisdição do Reino Unido sobre a
ilha, em audiência marcada para
fevereiro de 2005.
Os britânicos consideram Pitcairn uma possessão sua no Pacífico, mas a defesa dos condenados
argumenta que a ilha não está sob
o controle das leis inglesas.
Com agências internacionais
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