São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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Em caso genético raro, gêmeos britânicos têm cores de pele diferentes

DA REDAÇÃO

Os pequenos gêmeos britânicos Layton e Kaydon, de três meses, chamam tanto a atenção quando saem de casa que certa vez viraram atração de um grupo de italianos que visitava a cidade onde eles nasceram, Middlesbrough. O motivo, conta o jornal local "Evening Gazette", é o fato de -embora gêmeos- Kaydon ter a pele escura, enquanto Layton tem a pele e os olhos claros.
"Quando eles nasceram, ninguém notou nada diferente, pois eles tinham praticamente a mesma cor de pele. Mas recentemente Layton foi ficando mais clarinho e loirinho, como seu pai, enquanto Kaydon foi ficando mais parecido comigo", conta à "Gazette" a mãe dos meninos, Kerry Richardson, 27, de ascendência nigeriana. Agora, diz, "tenho de explicar que eles são gêmeos e têm os mesmos pais".
De acordo com o geneticista Stepehen Withers, consultado sobre o caso pelo jornal de Middlesbrough, a chance de um evento desses acontecer é "provavelmente de uma em 1 milhão".
O motivo de as crianças, embora gêmeas, terem a cor da pele tão diferente uma da outra está na carga genética dos óvulos de sua mãe -além do fato de os bebês serem gêmeos bivitelinos, ou seja, eles nasceram cada um de um óvulo diferente, não de um mesmo que se separou após a fecundação.
Geralmente, tanto espermatozóides quanto óvulos contêm códigos genéticos para distintas cores de pele, mas os óvulos de Richardson tinham informações só para um tipo de cor cada.
Segundo Withers contou para a "Evening Gazette", a chance de uma mulher de ascendência genética mista produzir óvulos com carga genética predominantemente para um tipo de pele é muito rara, "menor ainda é a de de produzir dois com essas características inversas e simultaneamente".
Richard Fisher, geneticista do James Cook University, local onde os meninos nasceram, explica que gêmeos bivitelinos são como "irmãos que acabaram sendo concebidos ao mesmo tempo, dado que se formaram de dois óvulos diferentes". Portanto, diz o geneticista, "não é raro que tenham aparência tão distinta". No entanto, completa Fisher, "é raro que haja uma diferença significativa na cor da pele". "Eu nunca tinha visto um caso desses", afirmou.


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