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Em caso genético raro, gêmeos britânicos têm cores de pele diferentes
DA REDAÇÃO
Os pequenos gêmeos britânicos Layton e Kaydon, de
três meses, chamam tanto a
atenção quando saem de casa que certa vez viraram
atração de um grupo de italianos que visitava a cidade
onde eles nasceram, Middlesbrough. O motivo, conta
o jornal local "Evening Gazette", é o fato de -embora
gêmeos- Kaydon ter a pele
escura, enquanto Layton
tem a pele e os olhos claros.
"Quando eles nasceram,
ninguém notou nada diferente, pois eles tinham praticamente a mesma cor de pele. Mas recentemente Layton foi ficando mais clarinho
e loirinho, como seu pai, enquanto Kaydon foi ficando
mais parecido comigo", conta à "Gazette" a mãe dos meninos, Kerry Richardson, 27,
de ascendência nigeriana.
Agora, diz, "tenho de explicar que eles são gêmeos e
têm os mesmos pais".
De acordo com o geneticista Stepehen Withers, consultado sobre o caso pelo jornal de Middlesbrough, a
chance de um evento desses
acontecer é "provavelmente
de uma em 1 milhão".
O motivo de as crianças,
embora gêmeas, terem a cor
da pele tão diferente uma da
outra está na carga genética
dos óvulos de sua mãe
-além do fato de os bebês
serem gêmeos bivitelinos, ou
seja, eles nasceram cada um
de um óvulo diferente, não
de um mesmo que se separou após a fecundação.
Geralmente, tanto espermatozóides quanto óvulos
contêm códigos genéticos
para distintas cores de pele,
mas os óvulos de Richardson
tinham informações só para
um tipo de cor cada.
Segundo Withers contou
para a "Evening Gazette", a
chance de uma mulher de ascendência genética mista
produzir óvulos com carga
genética predominantemente para um tipo de pele é
muito rara, "menor ainda é a
de de produzir dois com essas características inversas e
simultaneamente".
Richard Fisher, geneticista do James Cook University, local onde os meninos
nasceram, explica que gêmeos bivitelinos são como
"irmãos que acabaram sendo
concebidos ao mesmo tempo, dado que se formaram de
dois óvulos diferentes". Portanto, diz o geneticista, "não
é raro que tenham aparência
tão distinta". No entanto,
completa Fisher, "é raro que
haja uma diferença significativa na cor da pele". "Eu nunca tinha visto um caso desses", afirmou.
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