São Paulo, sexta-feira, 26 de outubro de 2007

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Israel aprova corte de energia à faixa de Gaza

Medida visa inibir disparos de foguetes Kassam

DA REDAÇÃO

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, aprovou ontem o corte episódico do suprimento israelense de energia para a faixa de Gaza.
A medida, cujo início da aplicação ainda não foi divulgado, tem como objetivo inibir os disparos de foguetes Qassam de Gaza contra Israel. Tais foguetes, que visam a população civil de Israel mas cujo poder letal é baixo, mataram cerca de dez israelenses nos últimos seis anos, segundo a agência Efe.
"Não temos escolha a não ser adotar essa medida", declarou à rede britânica BBC o vice-ministro israelense da Defesa, Matan Vilnai, que elaborou o plano de interrupção de energia. A idéia é que os cortes só sejam adotados quando Qassam forem disparados contra Israel. Inicialmente de 15 minutos de duração, eles podem aumentar gradualmente, conforme persistirem os disparos.
A BBC informa ainda que Israel supre cerca de 60% da energia elétrica consumida na faixa de Gaza, área com 1,5 milhão de habitantes e que desde junho do ano passado está sob o controle do grupo radical islâmico Hamas.
Aproveitando o controle de Gaza pelo Hamas, que no passado cometeu atentados terroristas contra israelenses, o governo israelense classificou a região de "território hostil", o que abriu o caminho para a adoção de sanções.
Como Israel controla as águas, o espaço aéreo e a fronteira de Gaza, seu governo está obrigado a respeitar a legislação internacional que impede que as forças ocupantes privem a população de suprimentos. Mas, ao qualificar Gaza de território hostil, Israel diz estar desobrigado de cumprir a lei.
O anúncio dos cortes foi condenado não só pelo Hamas mas pelo Fatah, que controla a Autoridade Nacional Palestina.


Com agências internacionais


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