|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Israel aprova corte de energia à faixa de Gaza
Medida visa inibir disparos de foguetes Kassam
DA REDAÇÃO
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, aprovou ontem o corte episódico do suprimento israelense de energia
para a faixa de Gaza.
A medida, cujo início da aplicação ainda não foi divulgado,
tem como objetivo inibir os disparos de foguetes Qassam de
Gaza contra Israel. Tais foguetes, que visam a população civil
de Israel mas cujo poder letal é
baixo, mataram cerca de dez israelenses nos últimos seis anos,
segundo a agência Efe.
"Não temos escolha a não ser
adotar essa medida", declarou à
rede britânica BBC o vice-ministro israelense da Defesa,
Matan Vilnai, que elaborou o
plano de interrupção de energia. A idéia é que os cortes só sejam adotados quando Qassam
forem disparados contra Israel.
Inicialmente de 15 minutos de
duração, eles podem aumentar
gradualmente, conforme persistirem os disparos.
A BBC informa ainda que Israel supre cerca de 60% da
energia elétrica consumida na
faixa de Gaza, área com 1,5 milhão de habitantes e que desde
junho do ano passado está sob o
controle do grupo radical islâmico Hamas.
Aproveitando o controle de
Gaza pelo Hamas, que no passado cometeu atentados terroristas contra israelenses, o governo israelense classificou a
região de "território hostil", o
que abriu o caminho para a
adoção de sanções.
Como Israel controla as
águas, o espaço aéreo e a fronteira de Gaza, seu governo está
obrigado a respeitar a legislação internacional que impede
que as forças ocupantes privem
a população de suprimentos.
Mas, ao qualificar Gaza de território hostil, Israel diz estar
desobrigado de cumprir a lei.
O anúncio dos cortes foi condenado não só pelo Hamas mas
pelo Fatah, que controla a Autoridade Nacional Palestina.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Entrevista: "Ancara já não pode retroceder" Próximo Texto: Paquistão: 21 morrem em ataque contra comboio militar Índice
|