São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 2002

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Corrupção e pobreza são desafios de Gutiérrez

DA REDAÇÃO

Após vencer a eleição presidencial de anteontem prometendo a milhares de eleitores pobres combater a corrupção e elevar o padrão de vida da população, o coronel esquerdista Lucio Gutiérrez terá pela frente uma dura tarefa.
Ele receberá, dia 15 de janeiro, um país repleto de problemas sociais e econômicos, politicamente polarizado e com uma complexa agenda internacional, que inclui as relações com a tumultuada vizinha Colômbia e com os EUA, que mantêm no país uma base militar de operações antidrogas.
Os EUA e a União Européia felicitaram Gutiérrez pela vitória e anunciaram sua disposição de trabalhar com ele no futuro.
"Os desafios para Gutiérrez são de tal magnitude que caberia perguntar se ele poderá responder rapidamente às urgentes necessidades dos equatorianos", disse o analista Simón Pachano, lembrando que ele não terá maioria no Parlamento unicameral.
Gutiérrez prometeu que em seu gabinete estarão representados todos os setores do país, incluindo "banqueiros honestos e patriotas". "Meu governo será pluralista, de união nacional", disse, acrescentando que a área econômica estará nas mãos do "setor produtivo honesto" e a social, de movimentos sociais.
O presidente eleito afirmou que, ao vencer a eleição, contraiu um compromisso com o país, "em especial com os pobres", e que não pode desapontá-los. "Quero ser um presidente transparente e sereno. Sou um homem que ama o Equador e que vive pelos mais necessitados. Que atua com firmeza, mas que respeita os direitos humanos", disse.
Gutiérrez se reunirá hoje com o presidente Gustavo Noboa (que não tem parentesco com Álvaro Noboa, derrotado por Gutiérrez anteontem) para iniciar o processo de transição.
Ele também deverá se encontrar com membros do movimento indígena Pachakutik, que o apoiou na eleição, para discutir a formação do novo governo.


Com agências internacionais


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