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Corrupção e pobreza são desafios de Gutiérrez
DA REDAÇÃO
Após vencer a eleição presidencial de anteontem prometendo a
milhares de eleitores pobres combater a corrupção e elevar o padrão de vida da população, o coronel esquerdista Lucio Gutiérrez
terá pela frente uma dura tarefa.
Ele receberá, dia 15 de janeiro,
um país repleto de problemas sociais e econômicos, politicamente
polarizado e com uma complexa
agenda internacional, que inclui
as relações com a tumultuada vizinha Colômbia e com os EUA,
que mantêm no país uma base
militar de operações antidrogas.
Os EUA e a União Européia felicitaram Gutiérrez pela vitória e
anunciaram sua disposição de
trabalhar com ele no futuro.
"Os desafios para Gutiérrez são
de tal magnitude que caberia perguntar se ele poderá responder
rapidamente às urgentes necessidades dos equatorianos", disse o
analista Simón Pachano, lembrando que ele não terá maioria
no Parlamento unicameral.
Gutiérrez prometeu que em seu
gabinete estarão representados
todos os setores do país, incluindo "banqueiros honestos e patriotas". "Meu governo será pluralista, de união nacional", disse,
acrescentando que a área econômica estará nas mãos do "setor
produtivo honesto" e a social, de
movimentos sociais.
O presidente eleito afirmou que,
ao vencer a eleição, contraiu um
compromisso com o país, "em especial com os pobres", e que não
pode desapontá-los. "Quero ser
um presidente transparente e sereno. Sou um homem que ama o
Equador e que vive pelos mais necessitados. Que atua com firmeza,
mas que respeita os direitos humanos", disse.
Gutiérrez se reunirá hoje com o
presidente Gustavo Noboa (que
não tem parentesco com Álvaro
Noboa, derrotado por Gutiérrez
anteontem) para iniciar o processo de transição.
Ele também deverá se encontrar
com membros do movimento indígena Pachakutik, que o apoiou
na eleição, para discutir a formação do novo governo.
Com agências internacionais
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