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IRAQUE OCUPADO
EUA dizem que rebeldes agora preferem atacar iraquianos
ONU cria grupo para debater Iraque
DA REDAÇÃO
A Organização das Nações Unidas vai criar um grupo de países
"amigos da ONU" para examinar
alternativas para o futuro do Iraque. "É importante que nós tentemos construir um consenso internacional para trabalhar na estabilização do Iraque", afirmou o secretário-geral Kofi Annan, que espera ver o grupo se reunindo já
em 1º de dezembro deste ano.
Em princípio, os "amigos" seriam os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança
(China, Estados Unidos, França,
Reino Unido e Rússia), o Egito e
os seis vizinhos do Iraque (Arábia
Saudita, Irã, Jordânia, Kuait, Síria
e Turquia) -porém ainda pode
haver a inclusão de mais quatro
membros não-permanentes do
Conselho de Segurança.
O secretário-geral da ONU
mostrou-se pouco animado com
a proposta da Rússia, apoiada por
França e Alemanha, para a criação de uma conferência internacional com o objetivo de guiar a
transição. Para Annan, um processo desse tipo deveria ser "abordado com muita cautela" e precisaria de uma clara aprovação da
população iraquiana.
Ataques diminuem
De acordo com os EUA, os ataques a soldados americanos no
Iraque diminuíram nas últimas
duas semanas e agora a resistência está priorizando como alvo
iraquianos que colaboram com as
forças da coalizão.
"A situação da segurança mudou. Eles fracassaram em intimidar a coalizão. Agora começaram
a demonstrar um padrão de intimidação de iraquianos inocentes.
Eles não terão sucesso. Se Saddam
[Hussein] ensinou alguma coisa
aos iraquianos foi como resistir à
pressão de gângsteres", afirmou o
chefe da Autoridade Provisória da
Coalizão (APC), Paul Bremer.
Segundo a análise americana, a
mudança na estratégia iraquiana
é reflexo da decisão do comando
militar de adotar ações mais
agressivas, procurando anular os
guerrilheiros antes que eles ataquem. Ontem, a 4ª Divisão de Infantaria anunciou ter prendido 18
iraquianos em 200 incursões pela
região norte de Bagdá feitas durante as últimas 24 horas.
Contaminação por cobalto
Pelo menos duas pessoas (um
homem de 30 anos e uma criança
de quatro anos) que moravam
próximas à principal base de testes de radiação do regime de Saddam estão apresentando sintomas de contaminação por cobalto
60. Os EUA tinham conhecimento da base, mas aparentemente
uma falha na segurança permitiu
o acesso de iraquianos ao local.
Acredita-se que os moradores
das vilas Amiriya e Shamiya pegaram material contaminado ao entrar na área para desmontar as estruturas de três torres para vendê-las como ferro velho -embora
especialistas digam que o cobalto
60 possa ser usado em artefatos
nucleares improvisados.
Com "Financial Times" e agências internacionais
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