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Síria permitirá interrogatório de suspeitos
DA REDAÇÃO
A Síria concordou ontem em
permitir que integrantes de seu
governo sejam interrogados pela
comissão da ONU que investiga o
atentado a bomba que matou o
premiê libanês Rafik Hariri, em
Beirute, em fevereiro. A decisão
pôs fim a um impasse que ameaçava terminar em sanções contra
a Síria.
Segundo o vice-chanceler sírio,
Walid Moallem, a decisão foi tomada após a ONU dar a Damasco
"garantias em relação aos direitos
dos indivíduos" e assegurar que a
soberania do país será respeitada.
Uma comissão apontada pelo
Conselho de Segurança da ONU,
sob a chefia do promotor alemão
Detlev Mehlis, divulgou um relatório preliminar no começo deste
mês que lança suspeitas sobre altos dirigentes sírios e membros da
espionagem libanesa. Pelo acordo
com a ONU, ficou decidido que os
interrogatórios serão em Viena.
O anúncio foi feito um dia após
o chanceler da Síria, Farouk al
Sharaa, ter criticado a recusa de
Mehlis em aceitar as ofertas de
Damasco para chegar a um compromisso sobre as condições dos
interrogatórios. O governo sírio
não aceitou que eles fossem em
Beirute, alegando insegurança.
As datas dos interrogatórios
ainda não foram determinadas.
Moallem não quis identificar os
funcionários que serão interrogados, mas entre eles deverão estar
seis altos dirigentes, incluindo o
chefe da inteligência militar da Síria, o general Assef Shawkat, que é
cunhado do presidente Bashar al
Assad.
O secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, manifestou satisfação
com o anúncio e disse esperar que
o regime sírio continue cooperando com a investigação.
Com agências internacionais
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