São Paulo, sábado, 26 de novembro de 2005

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Síria permitirá interrogatório de suspeitos

DA REDAÇÃO

A Síria concordou ontem em permitir que integrantes de seu governo sejam interrogados pela comissão da ONU que investiga o atentado a bomba que matou o premiê libanês Rafik Hariri, em Beirute, em fevereiro. A decisão pôs fim a um impasse que ameaçava terminar em sanções contra a Síria.
Segundo o vice-chanceler sírio, Walid Moallem, a decisão foi tomada após a ONU dar a Damasco "garantias em relação aos direitos dos indivíduos" e assegurar que a soberania do país será respeitada.
Uma comissão apontada pelo Conselho de Segurança da ONU, sob a chefia do promotor alemão Detlev Mehlis, divulgou um relatório preliminar no começo deste mês que lança suspeitas sobre altos dirigentes sírios e membros da espionagem libanesa. Pelo acordo com a ONU, ficou decidido que os interrogatórios serão em Viena.
O anúncio foi feito um dia após o chanceler da Síria, Farouk al Sharaa, ter criticado a recusa de Mehlis em aceitar as ofertas de Damasco para chegar a um compromisso sobre as condições dos interrogatórios. O governo sírio não aceitou que eles fossem em Beirute, alegando insegurança.
As datas dos interrogatórios ainda não foram determinadas. Moallem não quis identificar os funcionários que serão interrogados, mas entre eles deverão estar seis altos dirigentes, incluindo o chefe da inteligência militar da Síria, o general Assef Shawkat, que é cunhado do presidente Bashar al Assad.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, manifestou satisfação com o anúncio e disse esperar que o regime sírio continue cooperando com a investigação.


Com agências internacionais

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