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Rosales, líder da oposição, promete cartão-petróleo
Principal candidato contra Chávez lidera marcha de centenas de milhares na capital
"Pela primeira vez o povo receberá diretamente dinheiro do petróleo", diz oposicionista; segundo ele, pesquisas foram compradas
DA REDAÇÃO
Centenas de milhares de pessoas participaram ontem, em
Caracas, do comício de encerramento da campanha de Manuel Rosales, governador do
Estado de Zulia e candidato à
Presidência das principais forças de oposição a Hugo Chávez.
Rosales prometeu que, se eleito
no próximo domingo, seu primeiro ato será a criação de um
cartão de débito para venezuelanos pobres e de classe média,
que receberão fundos provenientes da renda do petróleo.
"Será a primeira vez na história do país que o povo receberá diretamente dinheiro do petróleo", disse Rosales. Segundo
seu programa de governo, o
cartão, chamado "Minha Preta", distribuiria mensalmente
um quinto da renda petrolífera,
numa quantia que variaria de
acordo com o preço do óleo.
Apesar das pesquisas, que o
colocam pelo menos dez pontos atrás de Chávez, Rosales
previu que o presidente não será reeleito. "A verdadeira pesquisa, não as que foram compradas, mostram que em alguns dias a Venezuela terá um
novo presidente", disse à multidão, que, numa demonstração de força da oposição, partiu
de vários pontos da capital venezuelana para se encontrar no
início da tarde na zona leste,
região de classe média.
Rosales também prometeu
construir e financiar casas e
combater a criminalidade, que
aumentou durante o governo
de Chávez. "Vou ser presidente
para reconciliar a Venezuela",
disse, definindo-se como um
social-democrata. Rosales
apoiou a tentativa de golpe
contra Chávez, em 2002, mas
não teve envolvimento direto.
Não houve uma estimativa
oficial dos presentes, mas os
partidários do oposicionista lotaram várias avenidas, levando
bandeiras amarelas, vermelhas
e azuis, as cores nacionais.
Agências de notícias falaram
em até 800 mil pessoas. O encerramento da campanha de
Chávez será hoje, em Caracas.
Diferentemente do que
aconteceu nas eleições legislativas de 2005, quando a oposição pregou a abstenção alegando risco de fraude, desta vez
Rosales afirmou que o processo é confiável. O voto na Venezuela não é obrigatório e a ausência de forças oposicionistas
importantes deu a Chávez
maioria absoluta na Assembléia Nacional, no ano passado.
Com agências internacionais
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