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TCHETCHÊNIA
No dia de Natal, Moscou inicia operação para tomar capital tchetchena
Russos lançam ofensiva a Grozni
das agências internacionais
Tropas russas deram início ontem, na manhã de Natal , a uma
ofensiva para tomar Grozni, capital da Tchetchênia. O primeiro dia
da operação, porém, terminou
sem grandes avanços militares.
O ataque russo começou com
artilharia pesada, seguida do
avanço de 500 combatentes a partir de diferentes pontos em direção ao centro de Grozni.
A ofensiva foi encabeçada por
paramilitares tchetchenos, simpatizantes de Moscou. Tropas do
Ministério do Interior russo vieram em seguida .
A Rússia realiza ofensiva desde
o começo de setembro contra a
Tchetchênia, território russo na
região montanhosa do Cáucaso
que gozou de autonomia entre o
fim da guerra de independência
(1994-96) e o início dos ataques
deste ano.
Os russos acusam a Tchetchênia de estar dando abrigo a extremistas muçulmanos que tentaram, segundo a Rússia, estabelecer uma República islâmica no
Daguestão, outro território russo
no Cáucaso. Além disso, esses extremistas são acusados por Moscou de terem realizado atentados
terroristas contra várias cidades
da Rússia em agosto e setembro
deste ano, deixando quase 300
mortos.
Os choques de ontem, entre forças russas e rebeldes tchetchenos,
começaram em três pontos: no
sul de Grozni (no distrito de
Chernorechie e no subúrbio de
Kahnkala) e nas montanhas Sunzha, ao norte.
A agência de notícias russa "Interfax" disse que sons de tiros e
explosões podiam ser ouvidos de
todas as direções durante a manhã de ontem. Mumai Saidaiev, o
número dois das forças tchetchenas, disse que combates violentos
ocorreram não longe do centro da
cidade, e que os blindados avançaram para o centro de Grozni a
partir do norte.
Vários incêndios foram detectados na capital tchetchena após os
disparos da artilharia. O palácio
presidencial de Aslan Maskhadov
foi seriamente danificado.
Os cerca de 50 mil civis que permanecem em Grozni foram aconselhados pelo enviado civil da
Rússia à Tchetchênia, Nikolai
Koshman, a não tentarem deixar
a capital. Ele também havia declarado na sexta que Grozni será tomada em poucos dias, mas o líder
tchetcheno pró-Rússia, Malik Saidullayev, disse que as lutas podem
durar meses.
O Ministério da Defesa acredita
que há 2.000 rebeldes na capital,
mas Saidullayev estima que o número correto seja 5.000.
Igor Kritski, capitão das tropas
do ministério do Interior russo,
disse ontem, no final do primeiro
dia de combate, que a tática consiste em descobrir o maior número possível de focos rebeldes na
cidade e destruí-los, e que os russos não esperavam tomar a cidade logo no primeiro dia.
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