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Palestinos querem atrair mais turistas no ano 2000
do enviado especial
O ano 2000 é o começo para os
palestinos de uma presença constante no turismo mundial. A afirmação é do ministro do Turismo
palestino, Mitri Abu Aita.
Leia a entrevista concedida
no hotel Paraíso, em Belém.
(PDF)
Folha - Como os palestinos se
prepararam para o Natal e o
Ano Novo?
Mitri Abu Aita - Melhoramos a
infra-estrutura das cidades para
os turistas e os habitantes. Belém
2000 é o principal evento organizado por palestinos. Queremos
aprimorar cidades palestinas como Jerusalém, Jericó, Ramallah e
Gaza. Havia muito a ser feito por
causa do efeito da ocupação israelense. Hoje, temos 5.000 quartos
de hotel na Palestina. O ano 2000 é
o começo de uma presença constante no turismo mundial.
Folha - Quais as principais dificuldades para atrair os turistas?
Abu Aita - Se alguém quiser desenvolver um projeto turístico
precisa fazer isso fora de Belém,
pois não há mais espaço para
construções. Mas ele vai encontrar estradas bloqueadas e terras
controladas por israelenses. Apesar disso, cerca de 1 milhão de
pessoas visitaram Belém em 99.
Queremos investir no Brasil, de
onde vêm apenas cerca de 24 mil
pessoas anualmente, de uma população superior a 150 milhões.
Folha - Planos para o futuro?
Abu Aita - Vamos incentivar o
turismo em Gaza. Há duas igrejas
bizantinas do século 4 e outros
monumentos que os cristãos vão
gostar de conhecer.
Nossa companhia aérea terá
vôos para Itália, Romênia e países
árabes. E estamos inaugurando
vários hotéis cinco estrelas.
Folha - O sr. estuda acordos
com Israel?
Abu Aita - O ministro do Turismo de Israel veio a Belém. Nós
nos reunimos em Londres, mas
não há nenhuma cooperação
concreta na situação atual. Os israelenses ainda causam muitos
problemas. Tentaram, por exemplo, mudar a entrada oficial de
Belém para Beit Jala (cidade vizinha), mas nós recusamos.
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