DE CARACAS

Sob a batuta do venezuelano Hugo Chávez, líderes dos cinco países integrantes da Alba (Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América) oficializaram ontem a criação de um banco "grã-nacional". Além da Venezuela, que fará o maior aporte e sediará a instituição, integram iniciativa Bolívia, Nicarágua, Cuba e Dominica, país caribenho recém-incorporado ao bloco esquerdista.
De acordo com o governo venezuelano, o Banco da Alba terá um capital inicial de US$ 1 bilhão e começará a funcionar em dois meses. A sede, inaugurada ontem, é um edifício de 11 andares na região central de Caracas.
Durante uma de suas várias intervenções ao longo da sexta cúpula da Alba, Chávez voltou a acusar Washington de "criar condições para gerar um conflito" entre Colômbia e Venezuela. Também disse que o país vizinho "está sob intervenção dos EUA". Na véspera, ele havia feito acusações semelhantes. Até a noite de ontem, a Colômbia não havia respondido às declarações.
O presidente venezuelano também mascou coca presenteada pelo colega boliviano, Evo Morales, durante a sessão inaugural da cúpula, realizada no hotel estatal Alba Caracas, até o ano passado administrado pela cadeia internacional Hilton.
Além de Chávez e de Morales, participaram da cúpula o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, o vice-presidente cubano, Carlos Lage, e representantes de outros seis países da região. (FM)


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