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VENEZUELA
Prazo para estatização de projetos no Orinoco é ampliado
DA REDAÇÃO
Em seu programa de rádio
noturno, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ampliou em seis meses o prazo
para tomar o controle acionário das operações de diversas companhias estrangeiras
na exploração de petróleo na
bacia do rio Orinoco.
Antes, Chávez havia anunciado que o Estado tomaria
controle dos negócios no
próximo 1º de maio, mas enfrentou resistência das empresas, que criticaram o prazo curto. As negociações ainda nem começaram.
O presidente anunciou
que as companhias têm quatro meses para concordar
com os termos e condições
das nacionalizações e outros
dois meses para fechar as
transações que seriam apresentadas para aprovação
parlamentar.
Ele disse que ordenou o
novo prazo por um decreto -
pela Lei Habilitante aprovada no mês passado, ele pode
legislar sem precisar aprovação parlamentar.
Gigantes do petróleo
Entre as empresas que
perderão parte de seus investimentos para permitir o controle majoritário estatal na bacia do
Orinoco estão as gigantes
americanas Chevron Corp.,
Exxon Mobil e Conoco Phillips, a norueguesa Statoil, a
britânica BP e a francesa Total.
O valor estimado dos quatro projetos é de US$ 30 bilhões, com uma capacidade
de produção de 600 mil barris diários.
Chávez começou um programa de nacionalizações no
mês passado, pouco depois
de sua reeleição em dezembro. Ele começou reestatizando empresas de telecomunicações e energia elétrica, como a maior empresa de
telefonia fixa e Internet do
país, a Cantv.
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