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GUERRA SEM LIMITES
Cheney viaja a Paquistão e cobra mais combate ao terror
DA REDAÇÃO
O vice-presidente americano, Dick Cheney, fez uma
viagem-surpresa ontem ao
Paquistão para cobrar do ditador Pervez Musharraf
mais empenho no combate a
militantes do Taleban e da Al
Qaeda na fronteira do país
com o Afeganistão.
No que é mais um lance no
jogo de pressão de Washington sobre o governo paquistanês, Cheney levou a Musharraf uma "mensagem forte
e inusual", segundo o "New
York Times": caso o Paquistão não apresente resultados
nas ações na fronteira, as
verbas destinadas ao país pelos EUA poderiam ser cortadas pelo Congresso, que desde janeiro está sob controle
da oposição democrata.
São US$ 785 milhões previstos no Orçamento, a quinta maior verba do tipo. O jornal americano diz que funcionários descrevem a relação entre os países como "especialmente problemática".
Ontem, Cheney não falou à
imprensa no Paquistão, mas
nota do governo local informou que ele "manifestou os
temores dos EUA diante da
reorganização da Al Qaeda
nas zonas tribais [fronteira
com o Afeganistão] e exigiu
um esforço conjunto para
conter a ameaça". Alertou
sobre uma possível ofensiva
do Taleban, na primavera.
Um porta-voz paquistanês
disse que Cheney avalia que
o Paquistão "poderia fazer
mais" sobre o tema.
De lá, o vice-presidente seguiu viagem para Cabul, mas
o mau tempo impediu o encontro previsto com o presidente afegão, Hamid Karzai.
Com 2.500 km de fronteira com o Afeganistão, o Paquistão é peça-chave no plano de combate ao terrorismo
e ao Taleban. E a pressão para sobre o país aumentou
com a prisão de aspirantes a
homens-bomba em território afegão que indicaram terem sido financiados e treinados em área paquistanesa.
Ontem o governo paquistanês negou que os principais focos de terroristas estejam em seu território.
Analistas apontam risco
na estratégia mais dura dos
EUA, por tratar-se de um
possível ano eleitoral no Paquistão e por conta da escalada da tensão com o Irã.
Com agências internacionais
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